A senadora do PCdoB, Vanessa Grazziotin, falou sobre qual deverá ser a postura durante o julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que começa nesta quinta-feira (25).
Por *Plínio Bortolotti
O processo de julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff chega na reta final. Para a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), no dia 29 de agosto, data da defesa da presidenta afastada no Senado, a sociedade brasileira estará com um sentimento de perda, pois a alternativa apresentada promete grandes perdas de direitos.
O escritor Fernando Morais encaminhou nesta quarta-feira (24) ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que vai comandar a sessão do processo de impeachment a partir desta quinta (25), uma petição pública em que pede a anulação de todo o processo envolvendo a presidenta Dilma Rousseff, desde sua aceitação pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no ano passado.
Sob anonimato, um procurador da Operação Lava Jato disse à jornalista Natuza Nery, responsável pelo Painel da Folha desta quarta (24), que o sentimento comum na força-tarefa hoje é de que eles foram usados para derrubar a presidente Dilma Rousseff e, agora que o impeachment está quase consolidado, estão sendo descartados. "Éramos lindos até o impeachment ser irreversível. Agora que já nos usaram, dizem chega”, disse o procurador.
Foi marcado para o próximo dia 25 o início do julgamento da presidenta Dilma Rousseff pelo Senado e a previsão é de que o processo de impeachment seja concluído no final do mês. Conforme já denunciamos em outras ocasiões, o teatro que está sendo encenado em Brasília é uma grande farsa política armada com o objetivo de mascarar um golpe de Estado que afronta os interesses maiores do povo e da nação brasileira.
Por Adilson Araújo*
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça do governo da presidenta Dilma Rousseff e advogado de defesa no processo de impeachment, participou nesta segunda-feira (22) do Roda Viva, da TV Cultura. Cardozo reforçou que o processo, que deve ter o seu desfecho a partir desta quinta (25), é um golpe e deve ser denunciado "à comunidade brasileira e internacional para que se entenda o que está acontecendo no Brasil: a destituição de uma presidenta legitimamente eleita através de meios ilegítimos".
Antes da fatídica sessão da Câmara, de 17 de abril, que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff no Senado, o editorial de 26 de março da revista liberal inglesa The Economist, intitulado “Time to Go”[1], recomendava singelamente à Presidenta “o jeito melhor e mais rápido” de deixar o Palácio do Planalto: “renunciar antes de ser posta pra fora” pelos congressistas.
Por Vinícius Madureira*
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, negou nesta sexta-feira (19) pedido da acusação para suspender os depoimentos de duas testemunhas arroladas pela defesa da presidenta Dilma Rousseff.
O cientista político André Singer defende que a presidenta Dilma Rousseff aproveite sua ida ao Senado para indicar, no tribunal da História, os nomes dos responsáveis por enterrar a democracia brasileira neste ano de 2016.
Em entrevista ao programa Newsnight, da BBC, o ex-presidente Lula disse confiar que a democracia saíra vitoriosa e os senadores votarão contra o golpe. Para ele, a ida da presidenta Dilma Rousseff ao Senado será um momento importante e histórico. “Ela corajosamente vai se colocar diante de seus acusadores para que o Judas Iscariotes possa acusá-la na frente dela”, disse.
Em coletiva de imprensa a agências internacionais, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que o processo de impeachment em andamento no Senado é um golpe contra o seu mandato porque não cometeu crime e confirmou que, apesar de considerar o processo um fraude, vai participar de todas as etapas e oportunidades para debater, justamente para denunciar e defender a democracia.