Nem os mais puros, ingênuos e de boa fé, deixam de perceber que a pressa que está sendo empreendida pela direção da Comissão Especial do Impeachment no Senado, se dá pelo receio de que a verdade tome as ruas e influencie os senadores a mudarem de posição, derrubando o governo golpista de Michel Temer.
Por José Roberto Fonseca*
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, convoca a população a sair às ruas nesta sexta-feira (10) para dizer não ao golpe de estado representado pelo processo ilegítimo do impeachment, que culminou com o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e a ascensão de setores conservadores e corruptos para governar o país.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que integra a comissão especial do impeachment no Senado, afirmou que a decisão do presidente, Raimundo Lira (PMDB-PB), de recuar e manter o prazo para as alegações finais tanto para a acusação quanto para a defesa de 15 dias cada um, é uma manobra para confundir a opinião pública e esconder as “barbaridades” cometidas que afrontam a Constituição.
Por Dayane Santos
O processo de impeachment contra a Presidente Dilma Rousseff foi qualificado como golpe e a aplicação desse qualificativo suscitou questionamento até ao nível do STF, no seguimento de uma ação movida por parlamentares (do PSDB, do DEM e do PP), intimando a Presidente Dilma Rousseff a pronunciar-se e a justificar o uso daquela expressão.
Por Alexandre Weffort
Senadores discutiram sobre convocação de técnicos e de perito do TCU, mas próxima reunião, quarta-feira, já dá início às oitivas. Leitura, discussão e votação do relatório na comissão ocorrem até 27 de julho.
Por Hylda Cavalcanti, da RBA
O gabinete dos sem voto não esconde que tem pressa quando o assunto é o processo do impeachment. Desmoralizados com as revelações das gravações que confirmaram a articulação da cúpula e Temer no golpe, o governo usurpador disse que quer – leia-se pressiona – para que o processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff seja resolvido “o mais breve possível” no Congresso Nacional.
O governo interino e ilegítimo de Michel Temer é uma ilustração, revisada, daquilo que foi descrito por Antônio Vieira no Sermão do Bom Ladrão, pronunciado por ele na Igreja da Misericórdia de Lisboa, em 1655.
Por José Carlos Ruy
O Movimento Brasil Livre (MBL), responsáveis por proliferar nas redes sociais campanhas de criminalização contra os movimentos sociais, com memes que chamam os atos contra o golpe ao mandato da presidenta Dilma Rousseff seriam o “mortadela day”, ou seja, só por um lanche, aparece nos áudios, apontado como operador do PMDB no esquema da Petrobras, recebendo dinheiro e material do PSDB, DEM, Solidariedade e PMDB.
O professor emérito da USP, Dalmo Dallari, avalia que a revelação das conversas gravadas entre Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, são elementos que se somam “na comprovação de que há toda uma atividade subterrânea minando a normalidade constitucional”.
Por Dayane Santos
Marcado por trapalhadas, idas e vindas de ministros e desmentidos, o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) só não muda a agenda de retrocesso em conquistas sociais e trabalhistas.
A Ocupação Mata Machado, da Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG, realiza nesta quarta-feira (25), na capital mineira, o ato Volta Querida – que pede o retorno de Dilma Rousseff à Presidência da República. A concentração acontece a partir das 17 horas na praça Afonso Arinos.
O presidente interino do Brasil, Michel Temer, na segunda-feira (23), sofreu um grande revés em sua campanha para se firmar como líder do país. Um relatório com gravações foi divulgado e sugere que um de seus ministros havia conspirado para barrar a enorme investigação de corrupção na Petrobras, usando para isso o impeachment da presidente Dilma Rousseff.