A Comissão Especial do Impeachment do Senado ouviu, nesta quarta-feira (29), as quatro últimas testemunhas do processo contra a presidenta eleita Dilma Rousseff. Os técnicos do Banco Central e do tesouro Nacional rebateram os argumentos que embasam o pedido de impeachment e inocentaram das acusações.
A votação final do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado só deve ocorrer após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, que ocorrerá dia 21 de agosto.
Foi anunciada nesta terça-feira (28), no Congresso, a formação de um grupo político de oposição ao governo ilegítimo de Michel Temer. O objetivo é barrar o impeachment e impedir retrocessos sociais. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) será o líder do bloco da minoria no Senado. Na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) é quem ficará à frente do novo grupo.
Testemunha arrolada pela defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff na Comissão Especial do Impeachment, o ex-advogado-geral da União, Luís Adams, disse não ser possível tratar como improbidade administrativa uma prática até então pactuada como legal e nunca antes ressalvada por órgãos que fazem o controle das contas do Poder Executivo.
A Comissão Especial do Impeachment ouve nesta quarta-feira (29) as últimas testemunhas no processo contra a presidenta eleita Dilma Rousseff. Quatro depoimentos fecharão essa etapa dos trabalhos. Depois disso, a comissão só voltará a promover audiências na próxima semana.
Comissão de três gestores do Senado examinaram cuidadosamente as contas da presidenta Dilma Rousseff, encontraram irregularidades – a liberação de créditos sem aval do Congresso – mas não encontraram as famosas “pedaladas” que foram a justificativa jurídica do impeachment.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
“As pessoas deveriam ser honestas em dizer que querem retirar uma presidente do poder porque não a apoiam mais. Isso aqui é só uma formalidade sendo cumprida. Lamento e espero que a população perceba o que está acontecendo”, disse o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, em seu depoimento nesta terça-feira (28), na Comissão do Impeachment no Senado.
“Não há nenhuma operação de crédito entre o Banco do Brasil e o governo federal. O que há é uma relação entre o Banco do Brasil diretamente com as agricultoras e os agricultores familiares”, explicou o deputado Patrus Ananias (PT-MG), ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, nesta segunda-feira (27), durante reunião da Comissão Especial do Impeachment, no Senado. Para o ex-ministro, as supostas pedaladas fiscais atribuídas à presidenta eleita Dilma Rousseff estão desmentidas por este fato.
Cada dia mais, a imprensa conservadora vem tentando censurar às mais diversas categorias de pensadores que denunciam a tentativa de golpe no Brasil. Neste último sábado (25), o colunista da Folha de S.Paulo, Demétrio Magnoli, publicou no referido jornal, um artigo, com esse viés, intitulado “Formação de Quadrilha”.
A Comissão Especial do Impeachment ouve, a partir desta segunda-feira (24), as últimas testemunhas no processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff. Entre as testemunhas finais estão três ex-ministros dos governos Dilma: Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário; Aldo Rebelo, da Defesa; e Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU).
A Comissão Especial do Impeachment ouviu nesta quinta-feira (23) duas testemunhas de defesa da presidenta eleita Dilma Rousseff: Anderson Lozi da Rocha, subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCT&I); e Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal. Os depoentes afirmaram que os decretos de suplementação orçamentária tinham base legal e não impactaram a meta de superavit primário.
A senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), presente na sessão da Comissão do Impeachment no Senado nesta quinta-feira (23), irritou-se com o interrogatório da advogada Janaina Paschoal, presente nas oitivas. Segundo Vanessa, a advogada utiliza o espaço para ficar fazendo discurso político e questionamentos fora de contexto. “Acho que essa senhora não está aqui para fazer discurso político, está para defender denúncia que ela fez. Repilo esse discurso político que ela vem fazendo”, reclamou.