A economia da Índia mantém elevadas taxas de crescimento desde há vários anos e para muitos é um exemplo a seguir. Afirma-se inclusive que a experiência do subcontinente é mostra de que o neoliberalismo pode de fato funcionar. A realidade é outra. A evolução da economia indiana é um processo patológico que se nutre da desigualdade social e da destruição ambiental.
Por Alejandro Nadal, no Informação Alternativa
Os quatro partidos da plataforma de esquerda indiana – Partido Comunista da Índia (marxista), Partido Comunista da Índia, Partido Revolucionário Socialista e Bloco Avante de toda a Índia – consideram "um golpe cruel contra o povo" a decisão do governo da Aliança Progressiva Unida de aumentar os preços da gasolina e do diesel, do querosene e do gás de cozinha. Estes aumentos juntam-se às galopantes subidas dos preços dos alimentos e outros produtos essenciais.
Uma greve geral convocada por vários partidos opositores e de esquerda em protesto contra o aumento dos preços e a incapacidade do governo para deter a escalada no custo de vida paralisou nesta quarta-feira uma grande parte da Índia.
São cada vez mais os exemplos de terrorismo de Estado, apesar dos esforços para os manter secretos, e de não fazerem parte dos noticiários das TVs, rádios e os chamados jornais de referência. E mesmo quando não se torna mais possível evitar a notícia, lá está o aparelho de judicial do Estado para deixar as investigações a meio, entopem e apenas é apanhado a arraia-miúda.
Por M K Bhadrakumar, para o Asia Times*
Sabe-se que o Partido Comunista da Índia tem um grande papel e influência desde que conquistou o governo de Bengala Ocidental. Abriu-se ali uma grande experiência política, que dura décadas. Um líder dessa experiência, Jyoti Basu, faleceu. O doutor Durval Noronha presta-lhe uma homenagem póstuma, a qual compartilho com os leitores, reproduzindo aqui matéria por ele publicada. Por Walter Sorrentino.
Às vésperas da cúpula do clima em Copenhague, a Índia anunciou nesta quinta-feira (3) a meta de reduzir suas emissões de gases de 20% a 25% até 2020 em comparação com os níveis de 2005. O país é o quarto maior emissor de gases causadores do efeito estufa, em números absolutos, mas um dos menores poluidores per capita.