A questão indígena é uma pauta prioritária para o MinC, que tem definido uma série de ações com o intuito de estimular um debate, com a participação ativa do coletivo, e de criar políticas que atendam suas demandas. O Ministério quer que temas como meio ambiente, reconhecimento cultural, direito à produção cultural e de informação integrem a pauta.
Índios da etnia Fulni-ô participaram nesta segunda-feira (20) das comemorações dos 55 anos de Brasília, no Parque da Cidade. Os Fulni-ô, em um grupo de nove índios, cantaram seus rituais tradicionais e convocaram os brasilienses a participar de uma cantiga de roda, chamada União dos Povos. “Viemos de Pernambuco, de uma aldeia de 6 mil índios. Viajamos três dias para divulgar nossa cultura nas escolas e aqui para vocês”, disse o cacique Walê Fulni-ô.
O deputado federal Davidson Magalhães, do PCdoB, organizou um encontro com a delegação indígena que foi a Brasília, na última quarta-feira (18), para protestar contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 215/2000, que altera as regras para o processo de demarcação de terras. Pela proposta, a responsabilidade pela análise das demarcações passa da União para o Congresso Nacional.
A pauta indigenista volta ao debate na Câmara nesta terça-feira (17) com duas iniciativas – uma contrária aos interesses dos povos indígenas e outra em defesa dos direitos conquistados e para barrar retrocessos. No mesmo momento em que será instalada a comissão especial que vai analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que submete ao Congresso Nacional a decisão final sobre a demarcação de terras indígenas, será criada a Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas.
Cerca de 50 lideranças kayapós, das terras indígenas Baú e Mekragnotire, no Pará, estão em Brasília desde segunda-feira (2), para tentar barrar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a responsabilidade de demarcação de terras indígenas.
Aconteceu na última quinta-feira (29), no auditório do Palácio do Planalto, em Brasília, um encontro do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, com cerca de 30 lideranças indígenas, representantes de ribeirinhos e comunidades do rio Tapajós.
Há dois anos, terminava em Mato Grosso o processo de desintrusão (retirada de não índios) que permitiu a volta dos índios xavantes para a terra da qual saíram na década de 1960. Hoje, quem vive na Terra Indígena Marãwaitsédé enfrenta outras dificuldades. Em entrevista o cacique Damião Paridzané relatou que a população sofre com a falta de assistência à saúde.
Localizado no Sul da Bahia, o município de Santa Cruz Cabrália é conhecido por possuir uma das maiores aldeias indígenas do Brasil: Coroa Vermelha. Foi lá que surgiu um importante defensor das tradições e direitos dos índios, o Cacique Aruã, atual vice-presidente da Câmara de Vereadores e integrante do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia.
Um projeto multimídia ocupa desde a última quinta-feira (15) o teatro e o cinema da Caixa Cultural do Rio de Janeiro com a proposta de promover uma reflexão crítica e poética sobre a questão indígena. Com o nome de Tupy or Not To Be: Teatro, Cinema e Novas Mídias, a iniciativa é do grupo teatral Boa Companhia, que atua desde 1992 no estado de São Paulo com foco na pesquisa da linguagem cênica a partir do trabalho do ator.
Os Xavante da Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé, no leste mato-grossense, tentam manter as tradições que herdaram de seus antepassados, mas enfrentam desafios para conseguir os recursos da natureza para fazer suas casas, seu artesanato e para realizar seus rituais. A caça também está escassa e até água falta. Além disso, acredita-se que a água de alguns rios esteja contaminada com agrotóxicos.
Cinco das mais de 150 línguas indígenas faladas no Brasil têm mais de 10 mil falantes, segundo dados do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).
Em uma área de proteção ambiental, localizada a pouco mais de 50 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, um grupo de cerca de 60 pessoas mantém uma tradição milenar. Nesse lugar, em meio a casas de barro com teto de sapê e construções simples de madeira, o português quase nunca é ouvido.
