A pandemia do coronavírus, além de uma mortandade jamais vista, provocou uma parada brusca e simultânea na economia mundial, o que resultou em um choque na oferta e procura de bens e serviços, interrompendo importantes fluxos nas cadeias produtivas e entre as nações. Um estrago letal na atividade econômica, queda nos PIBs e desemprego em massa.
Setor industrial acumula queda de 1,7% no primeiro trimestre e de 1% em 12 meses, de acordo com o IBGE
Apenas isolamento não bastará. Será preciso produzir respiradores e insumos hospitalares – em parque industrial há décadas abandonado
Mais do que tirar a indústria da UTI, o Brasil precisa implementar uma política de desenvolvimento produtivo e tecnológico
“A linha de frente de nosso combate é o SUS, e a indústria brasileira precisa garantir suprimentos para que os profissionais de saúde vençam esta luta a favor da vida”
Desconfio que a malemolência da indústria de transformação encontre uma de suas razões no desempenho do investimento.
Entre 2011 e 2019, produção industrial encolheu 15% no País e hoje opera no mesmo nível de 2004
Segundo Marco Rocha, da Unicamp, em um cenário de desemprego elevado como o brasileiro, crescimento dessa ordem é “catastrófico”.
CNI protocolou ação no STF dois dias antes de Bolsonaro dizer que paciente com HIV é “despesa”
Indústrias de matéria-prima voltam a ser o foco do país, em detrimento do setor de bens de capital
O Brasil não se desenvolve sem uma indústria pujante e diversificada. O percurso para retomada da indústria exige coordenação, visão estratégica e sobretudo mobilização das forças produtivas.
Economistas ouvidos pela agência Bloomberg projetavam uma queda menor no período – de 0,8%. Foram surpreendidos, no entanto, por um cenário de mais adversidades, como o mau desempenho da indústria extrativa, que recuou 9,7%