Lobby da Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer que governo federal reduza programa responsável por inserir jovens de 14 a 18 anos no mercado de trabalho.
Debate sobre mudanças na produção de bens de consumo e indústria 4.0 é necessário para que o Brasil avance em sua busca pelo desenvolvimento. Ficar para trás agora pode significar além de anos de atraso, a oficialização do país como exportador de insumos básicos, sem nenhuma relevância na construção social e econômica do planeta.
A indústria brasileira não é prioridade para o atual governo. Sinal disso é a flexibilização da política de conteúdo local. O jornal O Globo desta quarta (18) informa que onze petroleiras – incluindo a Petrobras – já pediram à Agência Nacional do Petróleo (ANP) mudança em 57 contratos, para reduzir as exigências de participação mínima da indústria nacional no setor. Caso a agência aprove os aditamentos, como já vem fazendo, será mais um golpe na já combalida cadeia local de fornecedores.
A indústria em São Paulo fechou vagas de emprego, pelo segundo mês consecutivo. Foram encerrados 11,5 mil postos de trabalho em junho, o que representa uma queda de 0,53% frente a maio, na série sem ajuste sazonal. Com o ajuste sazonal, o resultado para o mês também ficou negativo, (-0,27%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (17) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Após dois anos de governo, Temer já antecipa a herança que ficará para a próxima administração federal a ser iniciada em janeiro de 2019: o empobrecimento do setor produtivo nacional. A situação não se encontra ainda mais grave devido à política econômica anteriormente conduzida pelos governos liderados pelo PT, como uma espécie de “colchão de proteção” protagonizado pelas reservas externas em mais de 370 bilhões de dólares.
Por Marcio Pochmann*, na Rede Brasil Atual
Estados Unidos, China e União Europeia travam uma guerra comercial de alta belicosidade como há muito não se via. Entre bravatas e barreiras tarifárias, os três grandes polos da economia mundial fazem agitar os mercados, espalhando tensão e volatilidade para a periferia do planeta. Aqui e ali já são apontados os primeiros efeitos deletérios sobre o comércio mundial que muito provavelmente perderá potência nas próximas curvas.
Por Marcelo Manzano
Após décadas de crise, a indústria brasileira parece ter encontrado a garantia da sua acumulação no aprofundamento da dependência externa e na redução de custos do trabalho. Uma armadilha para o crescimento.
Por Antônio Carlos Diegues
Nem a crise financeira mundial conseguiu causar tanto estrago na indústria brasileira quanto o caos gerado pela política de preços da Petrobras. De acordo com estimativa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), a produção industrial no mês passado teve o pior desempenho de sua história, registrando queda de 13,4% na comparação com abril. O resultado está associado à greve dos caminhoneiros, motivada especialmente pelo alto preço do diesel.
A crise econômica em 2014, 2015 e 2016 levou a indústria brasileira ao menor número de empregados desde 2007. No fim de 2016, o setor empregava 7,7 milhões de pessoas – 1,3 milhão a menos que o pico atingido em 2013, quando mais de 9 milhões de pessoas trabalhavam nas indústrias do país.
Dois projetos que visam derrubar o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a os concentrados usados na produção de refrigerantes, foram aprovados, nesta quarta-feira (20), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ).
"Não temos transporte ferroviário, nem fluvial, e nós temos um setor empresarial que ganha mais dinheiro com operações financeiras do que na sua atividade-fim", diz geógrafo Vladimir Milton Pomar.
Terceiro setor em faturamento e geração de empregos na Zona Franca de Manaus (ZFM), a indústria de concentrados de refrigerantes está sob ameaça. Através de decreto presidencial 9.934, Michel Temer quer reduzir os incentivos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Da Redação*