Após dois anos de governo, Temer já antecipa a herança que ficará para a próxima administração federal a ser iniciada em janeiro de 2019: o empobrecimento do setor produtivo nacional. A situação não se encontra ainda mais grave devido à política econômica anteriormente conduzida pelos governos liderados pelo PT, como uma espécie de “colchão de proteção” protagonizado pelas reservas externas em mais de 370 bilhões de dólares.
Por Marcio Pochmann*, na Rede Brasil Atual
Estados Unidos, China e União Europeia travam uma guerra comercial de alta belicosidade como há muito não se via. Entre bravatas e barreiras tarifárias, os três grandes polos da economia mundial fazem agitar os mercados, espalhando tensão e volatilidade para a periferia do planeta. Aqui e ali já são apontados os primeiros efeitos deletérios sobre o comércio mundial que muito provavelmente perderá potência nas próximas curvas.
Por Marcelo Manzano
Após décadas de crise, a indústria brasileira parece ter encontrado a garantia da sua acumulação no aprofundamento da dependência externa e na redução de custos do trabalho. Uma armadilha para o crescimento.
Por Antônio Carlos Diegues
Nem a crise financeira mundial conseguiu causar tanto estrago na indústria brasileira quanto o caos gerado pela política de preços da Petrobras. De acordo com estimativa do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), a produção industrial no mês passado teve o pior desempenho de sua história, registrando queda de 13,4% na comparação com abril. O resultado está associado à greve dos caminhoneiros, motivada especialmente pelo alto preço do diesel.
A crise econômica em 2014, 2015 e 2016 levou a indústria brasileira ao menor número de empregados desde 2007. No fim de 2016, o setor empregava 7,7 milhões de pessoas – 1,3 milhão a menos que o pico atingido em 2013, quando mais de 9 milhões de pessoas trabalhavam nas indústrias do país.
Dois projetos que visam derrubar o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a os concentrados usados na produção de refrigerantes, foram aprovados, nesta quarta-feira (20), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ).
"Não temos transporte ferroviário, nem fluvial, e nós temos um setor empresarial que ganha mais dinheiro com operações financeiras do que na sua atividade-fim", diz geógrafo Vladimir Milton Pomar.
Terceiro setor em faturamento e geração de empregos na Zona Franca de Manaus (ZFM), a indústria de concentrados de refrigerantes está sob ameaça. Através de decreto presidencial 9.934, Michel Temer quer reduzir os incentivos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Da Redação*
A intenção de investimentos da indústria brasileira diminuiu no segundo trimestre deste ano, em meio ao aumento da incerteza tanto interna quanto externa.
Importante polo industrial e de desenvolvimento tecnológico, a Zona Franca de Manaus (ZFM) está na mira dos ajustes do governo federal. O Palácio do Planalto publicou decreto (9.394), no final de maio, com a redução de 20 para 4 por cento os incentivos do Imposto de Produto Industrializado (IPI).
Por Iberê Lopes
A deputada Manuela D’Ávila, pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, afirmou , através das redes sociais, que um dos seus compromissos centrais é promover a reindustrialização do país, com ênfase na indústria 4.0. “Faremos uma gestão macroeconômica que beneficie a indústria e investiremos pesado em inovação e infraestrutura”, pontuou.
A imposição de cotas pelos Estados Unidos para a importação de aço do Brasil deve reduzir em até 60% as vendas de produtos siderúrgicos para os norte-americanos, a depender da categoria. Os EUA são destino de um terço das exportações brasileiras de aço, que, em 2017, renderam US$ 2,5 bilhões. Segundo Marcelo Toledo, secretário de Formação da Fitmetal, ainda não há estimativas consolidadas, mas a previsão é de que as restrições podem deixar cerca de 300 mil trabalhadores sem emprego.