Cálculos da LCA Consultores indicam que a inflação dos alimentos, que tanto prejudicou as famílias sob Bolsonaro, terminará 2023 em 1,1%.
Alimentos 41% mais caros e renda que não acompanha; em setembro, Datafolha mostrou que 76% dos beneficiários do Auxílio Brasil usam o dinheiro para comprar comida.
Inflação, avanço da pobreza e insegurança alimentar tem formado um cenário que coloca o aumento eleitoreiro para R$600 do Auxílio Brasil com efeito limitado.
IPCA mostra que produto foi um dos que registraram maior aumento; em meio à elevação dos preços e ao empobrecimento, brasileiros têm piora na qualidade da alimentação
IPCA-15 apontou aumento de 22,27% no valor do leite; enquanto isso, Auxílio Brasil chegará defasado aos beneficiários
Na internet e nos supermercados crescem as críticas ao alto custo dos produtos e o descaso do governo federal.
Os mais afetados por este drama são os moradores de favelas e a população de rua. Os que passam fome no Rio de Janeiro encheriam quinze vezes o estádio do Maracanã.
Com as decisões de acabar com os estoques reguladores de alimentos no país e com o financiamento agrícola além de manter atrelados os preços dos combustíveis ao mercado internacional, Bolsonaro é o responsável pela inflação que corrói o poder de compra, aumentando a fome no país.
Inflação sem controle leva lideranças e entidades suprapartidárias a unirem-se nas periferias de várias cidades para defender o controle de preços dos itens indispensáveis à sobrevivência.
Para o economista José Baccarin, produtor nacional não abre mão de obter, cobrando em reais, mesmos lucros que aufere ao comercializar em dólar. “Mas não basta achar que este é um problema que veio de fora, e contra o qual não se pode fazer nada. Pode-se sim, e deve-se”, defende.
Alta de 2,64% foi o maior avanço de preços no mês. Em doze meses, aumento acumulado é de 15,22%, diz Apas.
Entidades do setor também projetam aumento dos preços de bolos, biscoitos e massas em geral. Brasil importa de seis a sete toneladas de trigo todos os anos. Em entrevista ao Portal Vermelho, o economista André Modenesi havia previsto o encarecimento do pãozinho.