Entidades do setor também projetam aumento dos preços de bolos, biscoitos e massas em geral. Brasil importa de seis a sete toneladas de trigo todos os anos. Em entrevista ao Portal Vermelho, o economista André Modenesi havia previsto o encarecimento do pãozinho.
Cálculo é feito pelo Dieese, com base na cesta básica mais cara do país e deve bancar despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência de uma família com 4 pessoas.
Mais de um quarto das exportações mundiais de trigo vêm da Rússia e da Ucrânia. Maioria dos países consumidores são da Ásia e da África.
Segundo professor do Instituto de Economia da UFRJ e que coordena o Observatório do Banco Central, o Brasil terá inflação com recessão em 2022 caso não aconteça uma mudança na política econômica.
Segundo levantamento realizado pelo Dieese para o Portal Vermelho, no início do Governo Bolsonaro, o custo da alimentação de um trabalhador estava em R$ 467,65 enquanto o salário mínimo foi fixado em R$ 998,00. Ou seja, era suficiente para comprar 2,1 cestas. Em setembro de 2021, a cesta já chegava a R$ 673,45 para um salário de R$ 1.100,00, conseguindo o mínimo adquirir 1,6 cesta.
Cerca de 22,6 milhões de pessoas que foram contempladas com o auxílio emergencial em 2020 não serão beneficiadas neste ano
Preços dos alimentos sobem três vezes mais que a inflação dos últimos 12 meses, maior alta nos últimos 18 anos, mas os reajustes salariais médios ficaram negativos em média 0,53%.
Em novembro de 2020, houve alta na variação média de preços em 19 das 24 atividades analisadas em comparação com o mês anterior.
Os chamados “preços controlados pelo governo” (fator de alívio para a inflação na maior parte de 2020) voltarão a pesar no bolso dos brasileiros no ano que vem
O grupo alimentação e bebidas acumula alta de 12,12% no ano. Em novembro, registraram alta itens como carnes (4,89%), arroz (8,29%) e batata inglesa (33,37%).
As maiores variações foram registradas para o óleo de soja, que subiu 27,54%, e o arroz, que aumentou 17,98%. No ano, esses produtos acumulam alta de 51,3% e 40,69%, respectivamente.
Os itens que mais pesaram no bolso das famílias de baixa renda no mês passado foram saúde, educação e lazer (variação positiva de 2,44%) e alimentação (alta de 2,23%).