O governo iraquiano corrigiu nesta sexta-feira (19) o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, e negou que tenha aceitado uma proposta para a ampliação da permanência das tropas dos Estados Unidos no país além de dezembro deste ano.
Foi segunda-feira sangrenta em todo o Iraque; dois suicidas-bomba, 11 carros-bomba e 19 VBIEDs (língua do Pentágono para dizer “vehicle-borne improvised explosive devices”, dispositivos explosivos improvisados instalados em veículos) –, com cerca de 70 mortos e mais de 300 feridos.
Por Pepe Escobar, no Asian Times Online
Bombas explodiram em mais de doze cidades do Iraque nesta segunda-feira (15), matando ao menos 63 pessoas, entre civis e militares, a maioria na cidade de Kut, no sul do país.
Círculos políticos opostos à ocupação militar dos EUA saudaram nesta segunda-feira (16) a decisão dos deputados iraquianos de evitar qualquer manobra para estender a presença dessas tropas estrangeiras para além de dezembro de 2011.
O agente do alto escalão da inteligência britânica e ex-porta-voz de Tony Blair, general Michael Laurie, admitiu nesta quarta-feira (12) que o dossiê sobre o programa de armas de destruição em massa do Iraque foi elaborado para "para justificar a guerra". O oficial relatou que foi pressionado para encontrar evidências que embasassem a ação militar britânica no país.
O líder terrorista mais odiado pelo EUA, filho de um milionário saudita, foi o grande aliado do país na expulsão da forças soviéticas do Afeganistão na década de 80 do século passado. Desde então, Osama começou a financiar grupos islâmicos. Em 1993, seu nome esteve envolvido no primeiro atentado ao World Trade Center. Em diversos momentos, ele falava em guerra santa e, em um vídeo, conta como arquitetou o atentado às torres gêmeas.
As mentiras de Tony Blair se rivalizam com as de George Bush. Documentos do governo revelam que foram discutidos planos de exploração das reservas de petróleo do Iraque entre ministros do governo britânico e as maiores companhias petrolíferas mundiais no ano anterior ao da invasão do Iraque, em que a Grã-Bretanha desempenhou papel de destaque.
Que a ocupação estadunidense no Iraque e Afeganistao são desastres militares, geopolíticos e humanitários, todos sabemos. Que a intervenção dos EUA nesses países obedece uma lógica de expansão capitalista pelo busca de insumos (petróleo), misturada a uma série de considerações maniqueístas, mas totalmente hipócritas, acerca dos povos que habitam esse pedaço de inferno na Terra, também sabemos todos.
Movemo-nos de novo entre a angústia, a confusão e a impotência. Uma nova guerra de agressão imperialista desenvolve-se perante os nossos olhos e, tal como em ocasiões anteriores, sentimos no ar até que ponto a sua arma mais potente – a propaganda de guerra – pretende aniquilar a nossa capacidade de resposta.
Por Ángeles Maestro*
Em 22 de março, cinco organizações populares iraquianas anunciaram uma iniciativa que terá como objetivo "as forças de ocupação e seus agentes", isto é: as bases militares estadunidenses e o governo iraquiano liderado por al-Maliki.
Cerca de 200 manifestantes se concentraram nesta sexta-feira (4), no centro de Bagdá, capital do Iraque. Os manifestantes protestam contra a corrupção, de integrantes do governo, e reclamam da baixa qualidade dos serviços públicos. Apesar de as autoridades proibirem a circulação de veículos na capital, o protesto reuniu muitas pessoas.
Uma gigantesca manifestação batizada como "Dia da ira" paralisou nesta sexta-feira (25) a capital do Iraque, apesar do toque de recolher imposto pelo premiê Nouri Al-Maliki, que advertiu sobre possíveis "atos terroristas".