O grande xeque da Universidade de Al Azhar, a mais famosa de estudos islâmicos, disse que o Ocidente tem sido desrespeitoso com o Islã e pediu paciência ante as provocações, em entrevista divulgada nesta quinta, no Cairo.

E de repente, talvez não mais do que de repente, a Líbia voltou às manchetes dos jornais e telejornais. Madame Hillary Clinton, num misto de cinismo e charlatanice, disse estar surpresa com o acontecido em Bengazi que resultou na morte do embaixador Christopher Stevens e mais três funcionários do consulado estadunidense.

Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação

Imensa manifestação convocada pelo Hezbollah em protesto contra um filme anti-islamista e realizada na segunda-feira (17) foi coroada por uma surpreendente rara aparição em público do Secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, que foi ovacionado pela multidão.

Os protestos islâmicos contra o filme norte-americano que satiriza Maomé espalharam-se por 20 países. De acordo com especialistas ouvidos pelo Vermelho, no entanto, o vídeo foi um gatilho diante de um latente sentimento antiamericano. E existiram indícios de que as manifestações estão sendo insufladas por razões políticas. Como pano de fundo, estariam as eleições presidenciais nos Estados Unidos, defendem.

A narrativa não poderia ser mais simples – a Arábia Saudita levou sua guerra fria com o Irã, que tem sido combatida na água, no ar e nas colinas do Oriente Médio, para a grande arena da Ummah [comunidade, nação] muçulmana. E, nessa virada do jogo, o Irã mais perdeu que ganhou.

MK Bhadrakumar*, no Asia Times Online