Em uma mensagem divulgada nesta quinta-feira (6) pela emissora de televisão síria Ar-Rai, o líder líbio Muamar Kadafi pediu aos seus compatriotas que se manifestem contra os golpistas que se encastelaram no poder com a ajuda do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), ao mesmo tempo que as forças leais ao imperialismo iniciavam mais uma tentativa de captura da cidade de Sirte.
O primeiro-ministro de Muamar Kadafi disse nesta terça-feira (4) acreditar que o líder deposto pelos golpistas leais à Otan continua na Líbia e que seguirá lutando contra os usurpadores do poder até o fim.
A situação humanitária piorou ainda mais em Sirte depois que insurgentes líbios e a Otan recrudesceram o que consideram o assalto final para que capitule a resistência de leais a Muamar Kadafi, alertaram hoje fontes neutras.
"Moussa Ibrahim não foi capturado, trata-se de um rumor destinado a desviar a atenção dos rebeldes (…) e de seu revés face à força dos heróis de Sirte", afirma o site do canal de televisão Al-Libiya.
“A coligação ocidental na Líbia não apenas interpretou a seu modo os pontos das resoluções da ONU, mas também violou diretamente o embargo ao fornecimento de armas ao país do norte da África” – declarou em entrevista ao canal de televisão “Rússia-24” Serguei Lavrov, ministro de Relações Exteriores russo.
No mesmo domingo, 25 de setembro, em que os aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se aproximavam das 24 mil “operações de patrulha aérea” contra a Líbia, incluídas 8.941 missões de ataque para “proteger civis”, as agências internacionais reforçavam o bombardeio midiático.
Por Leonardo Severo*
Aviões da Otan intensificaram, nesta quarta (28), os bombardeios contra Sirte, para apoiar a ofensiva terrestre de forças insurgentes líbias, uma vez que fiéis ao presidente Muamar Kadafi continuam resistindo ali e em outras duas localidades no sul do país.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, enviou nesta terça (27) uma carta à Assembleia Geral da ONU na qual denunciou a ameaça de um "novo ciclo de guerras colonialistas" iniciado com o conflito na Líbia. No texto, ele pede que cessem os bombardeios ao país africano e faz um chamado à refundação das Nações Unidas. Também reiterou sua solidariedade com os povos palestino e cubano.
O presidente da Líbia, Muamar Kadafi, divulgou nesta terça (27) mensagem no site líbio Allibiya e também pela rádio Bani Walid. Ele informou que está no país e que não pretende deixá-lo, negando que tenha partido para a Venezuela e o Níger – país onde estão abrigados sua mulher e três filhos. Kadafi disse que pretende resistir e, se preciso, morrerá como “mártir”. Ele prometeu reações contra a oposição.
Tropas insurgentes libias, apoiadas pela Otan, lançaram neste domingo (25) novos ataques contra Sirte em tentativa conquistá-la, ainda que pagando um alto preço devido à tenaz resistência dos leais a Muamar El Kadafi.
O porta-voz do líder deposto da Líbia Muammar Kadafi disse nesta quinta-feira que os ataques aéreos da Otan e os bombardeios realizados por forças do governo interino contra a cidade de Sirte na quarta-feira e nesta quinta-feira (22) mataram 151 pessoas.
O ex-premier britânico Tony Blair fez duas viagens secretas à Líbia e teve reuniões com Muamar Kadafi antes da libertação, pelo governo do Reino Unido, do líbio condenado pelos atentados de Lockerbie, informa o jornal Sunday Telegraph. As revelações criam uma pressão para que Blair explique o conteúdo das conversas.