A solução rápida do conflito na Líbia é dificultada pelas ações da Otan, que foram muito além do mandato conferido pelo Conselho de Segurança da ONU, bem como uma "posição dura" de Muamar Kadafi nas negociações. A opinião é do ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, que comentou em El Salvador a situação atual na capital líbia, Trípoli.
De acordo com as redes americanas de televisão a cabo, como a CNN, centenas de contrarrevolucionários teriam consequido invadir o complexo de edifícios onde estaria o líder da Líbia, Muamar Kadafi. Segundo a rede, os amotinados invadiram o complexo "após romperem um portão".
Em meio ao agravamento da crise na Líbia, a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) decidiu ampliar suas atividades no oeste do país. Desde fevereiro, 44 médicos e profissionais de saúde de 30 entidades estrangeiras estão em território líbio.
O Itamaraty está consultando os principais parceiros internacionais para avaliar o reconhecimento do governo rebelde na Líbia, segundo informou nesta segunda-feira (22) Tovar Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Segundo ele, ainda não há posicionamento oficial em relação ao tema.
Dois dias depois da entrada em Trípoli dos contrarrevolucionários apoiados pelo imperialismo, o exército líbio detém o controle de "pequenas" áreas da cidade, de acordo com informações divulgadas pelos representantes das forças amotinadas. Já os rebeldes estariam presentes em 95% de toda a cidade.
O grande retrato emoldurado em dourado do coronel Muamar Gaddafi, que há anos adornava a parede por trás do balcão da recepção no meu hotel, sumiu. Também sumiram as 72 bandeiras verdes que tremulavam em postes brancos, à entrada. Não seria de bom tom perguntar à equipe, reduzidíssima hoje, sobre quem removeu aqueles itens, porque o ato de remover pode vir a ser grave ofensa, conforme a evolução dos acontecimentos por aqui.
Por Franklin Lamb, no Counterpunch
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, disse nesta segunda-feira (22) que a organização apoia de forma plena o Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, controlado pelos grupos de oposição ao líder líbio, Muamar Kadafi, e que têm ligações com as agências de espionagem dos Estados Unidos e a organização islâmica Irmandade Muçulmana.
Na terça-feira, 9 de agosto de 2011, Sana Khan – secretária do Comitê de Sanções criado em virtude da resolução 1970 do Conselho de Segurança da ONU – transmitiu aos membros do comitê um aviso emitido pela embaixadora Susan Rice, representante permanente dos Estados Unidos na ONU.
Por Thierry Meyssan
Enviar pirómanos para extinguir um incêndio, queimar a floresta para salvar as árvores, bombardear a população para poupar civis, lançar campanhas de terror em nome do combate contra o terrorismo, promover a democracia apoiando ditadores, monarquias, terroristas e outros gangsters de toda espécie… a lógica dos dirigentes ocidentais é impossível de conter.
Por Viktor Dedaj, em Resistir.info
Combates violentos explodiram nesta segunda-feira (22) em Trípoli em volta do quartel-general do líder líbio Muamar Kadafi, horas após rebeldes terem assumido o controle da maior parte da capital. Não havia informações sobre se Kadafi estava no local, ou sobre qual seria seu paradeiro.
Após um intenso bombardeio de 48 horas realizado pelo Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) os contrarrevolucionários líbios teriam dominado parte da capital do país, Trípoli, "sem resistência" do exército regular, que, de acordo com a mídia ocidental, teria se retirado da cidade.
O líder da Líbia, Muamar Kadafi, afirmou neste domingo (21), em meio à aproximação das forças rebeldes e a bombardeios da Otan, que ficará em Trípoli "até o fim". Em um pronunciamento de áudio transmitido pela TV estatal, Kadafi pediu que seus apoiadores em todo o país ajudem a liberar a capital da ofensiva rebelde, e afirmou que sairá vitorioso da batalha.