O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou uma ordem que autoriza o apoio secreto do governo estadunidense às forças rebeldes que tentam derrubar o governo de Muamar Kadafi, segundo disseram funcionários do governo nesta quarta-feira (30).
Os rebeldes oposicionistas foram forçados nesta quarta-feira (30) a recuar devido aos avanços das forças armadas líbias, que retomaram o controle da cidade de Ras Lanuf. Com a recuperação, os oposicionistas fugiram para Brega. As duas cidades são centros petrolíferos no Leste do país.
O Escritório Regional da Federação Democrática Internacional das Mulheres do Caribe e América Central expressou, por meio de nota, o pesar e o repúdio de mais de 50 organizações filiadas nessas regiões do continente americano pela agressão por parte da Otan, dos Estados Unidos e seus sequazes contra o povo líbio, que constitui uma flagrante violação de seus direitos humanos, um ato genocida e de ingerência nos assuntos internos desse país.
Estamos fartos de saber que o presidente Obama é pessoa de extrema sensibilidade. Mostra-o todos os dias no Afeganistão, no Iraque, na Colômbia, nas Honduras, enfim em todo o lado onde é necessário defender e aplicar os direitos humanos, a liberdade e a democracia.
Por José Casanova*
A Europa e os Estados Unidos, com sua ação contra a Líbia, buscam voltar ao século 19, e promover nova repartição colonial do mundo. Na realidade, não houve ndependência efetiva das antigas colônias. Mediante os artifícios do comércio internacional, e, sobretudo, da circulação de capitais, a dependência econômica e política dos países periféricos permanece.
Por Mauro Santayana
O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, condenou nesta segunda-feira (28) a série de ataques aéreos que começou no último dia 19 na Líbia. O diplomata chinês afirmou que a medida aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, de impor uma zona de exclusão aérea na região, contraria os “princípios internacionais de soberania, integridade, unidade e independência”.
As forças armadas líbias realizaram nesta segunda-feira (28) uma forte resistência na cidade de Sirte diante da ofensiva oposicionista apoiada por intensos bombardeios da Otan, qualificados pelo governo líbio de ingerência ilegal e imoral.
Nas primeiras 24 horas de bombardeios a Libia, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Trata-se de um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares, sendo uma substância muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios.
Por David Wilson, no Stop the War Coalition
Os EUA e os seus aliados repetem na Líbia crimes contra a humanidade similares aos cometidos no Iraque e no Afeganistão.
Por Miguel Urbano Rodrigues*
O Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) afirmou neste domingo (27) que concorda em assumir o controle das operações militares que aplicam as resoluções da ONU na Líbia. O secretário geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse que a transferência de poder ocorreria “imediatamente”.
Autoridades governamentais da Líbia reiteraram neste domingo (27) a disposição de dialogar com os rebeldes para uma "transição democrática", mas descartaram uma rendição, apesar do avanço das forças rebeldes para o oeste depois de reivindicar a tomada de Brega.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas analisará na segunda-feira (28) o andamento das sanções que decretou contra a Líbia em sua resolução 1970 de 6 de fevereiro passado.