Apresentação de Pé de ferro & outros poemas, do poeta Adalberto Monteiro
Por Jeosafá Fernandez Gonçalves *
Clarice Lispector é o tipo de escritora capaz de se alimentar com recursos mínimos de objetividade. Uma barata, trem ou ruído são mais que suficientes. Essa habilidade de redimensionar a banalidade deu vazão a um universo existencialista profundamente marcado pela fixação no aspecto ordinário da vida.
Por Fábio Guimarães Liberal*, no Le Monde Brasil
Depois do sucesso de Antes do passado: o silêncio que vem do Araguaia – que resgata a história de Cilon Cunha Brum, militante comunista morto na Guerrilha do Araguaia –, Liniane lança O Caranguejo e outras histórias de amor, sedução e morte. O evento está sendo organizado pela Editorá Patuá e o Patuscada – Livraria, bar e café – e será realizado no dia 30/11 (quinta-feira), a partir das 19h, na Rua Luís Murat, 40 – Vila Madalena, em São Paulo.
Há meio século, em 19 de novembro de 1967, morria o escritor João Guimarães Rosa, apenas três dias depois de assumir a cadeira número 2 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele havia sido eleito quatro anos antes, por unanimidade, em 1963. No auge da carreira, o autor consagrado por sua recriação da linguagem da literatura temia a emoção de tomar posse como acadêmico e, de fato, um infarto o matou aos 59 anos de idade.
Parece um velho filme em preto e branco. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman em uma sacada na Paris ocupada em 6 de junho de 1944, data do desembarque aliado na Normandia. A primeira noite de dois amantes que só a morte dele separaria, 15 anos depois.
São Luís, 11 de agosto de 1860. Logo nas primeiras páginas do jornal A Moderação, anunciava-se o lançamento do romance Úrsula, “original brasileiro”. O anúncio poderia passar despercebido, mas algo chamava atenção em suas últimas linhas: a autoria feminina da “exma. Sra. D. Maria Firmina dos Reis, professora pública em Guimarães”
Em entrevistas concedidas por escrito através de seus editores, a autora italiana Elena Ferrante defende que, ao escolher um pseudônimo, pretende chamar atenção “para a unidade original entre autor e texto e para a autossuficiência do leitor, que pode deduzir dessa unidade tudo o que for necessário”.
Por Fabiane Secches
A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP realiza, entre os dias 16 e 17/11, o Seminário 80 anos de João Antônio em homenagem à obra do escritor, que estaria comemorando 80 anos este ano.
O livro A Arte de Guardar: reflexões a respeito do acervo de Lívio Xavier, organizado por Sonia Troitiño e Tania Regina de Luca, professoras da Unesp Câmpus de Marília e de Assis, será lançado hoje (13), às 17 horas, na Praça da Sé, 108 – 1º andar.
Experimente pesquisar na internet o nome da escritora Maria Firmina dos Reis. O resultado mostra uma jovem branca com vestimentas nobres. Mas, a imagem é bem diferente da verdadeira fisionomia da primeira romancista negra do Brasil.
Por Norma Odara
Aos 16 anos, depois da traumática e misteriosa separação dos pais, Martim teve de mudar à contragosto de São Paulo para Brasília. No final dos anos 1960, em plena ditadura, o jovem tece, na Universidade de Brasília (UNB), uma variedade de laços de amizade que ia desde filhos de altos e médios funcionários da burocracia estatal a moradores das cidades-satélites. Nas novas e largas avenidas da capital federal, Martim conheceu a solidão e o medo impostos pela arquitetura e pelo governo militar.
Para mim, a palestra de Rubens Figueiredo foi o ponto luminoso da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Ali, ele nos falou sobre Ressurreição, o imenso e mais caluniado romance de Toltói.
Por Urariano Mota