A CTA Autonoma e a Corrente Classista e Combativa, entre outras organizações sociais, sindicais e políticas, vão se manifestar na tarde dessa sexta-feira (6) na sede da embaixada do Brasil na cidade de Buenos Aires, na Argentina, em apoio ao ex-presidente Lula
A União Nacional dos Estudantes chama todos e todas às ruas para lutar pela democracia. Segundo a entidade, "querem tirar das mãos do povo o direito de decidir sobre os rumos do país, com uma prisão injusta e sem provas".
Os governadores prestaram solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles lamentaram a determinação da prisão do petista e reafirmaram a importância de Lula na história do país. Confira as declarações.
A sanha em ver o ex-presidente Lula preso é tanta, que a Rede Globo anunciou que o ministro Felix Fischer, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de habeas corpus contra a prisão do ex-presidente, sem que isso tenha acontecido.
Depois da ordem de prisão do juiz Sérgio Moro contra Lula, milhares de brasileiros se mobilizaram para defender o ex-presidente. Este processo de mobilização e resistência se concentra em São Bernardo do Campo, a cidade onde começou a história do líder sindical que se tornaria um dos maiores dirigentes políticos da América Latina.
Por Mariana Serafini
O desfecho em relação à prisão do ex-presidente Lula depende da reação popular. Para o professor de Ciência Política Armando Boito, há uma divisão no Judiciário quanto aos procedimentos da Lava Jato, e uma mobilização democrática forte pode alterar o jogo. Ele aponta ilegalidade na postura do juiz Sérgio Moro e resume: sempre que o movimento popular se organiza, “imperialismo e burguesia agem para decapitá-lo”. Segundo Boito, as arbitrariedades contra o petista deixam todos vulneráveis.
Diante da decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro, nesta quinta-feira (5), as atenções se voltam para o Supremo Tribunal Federal, que deve decidir sobre pedidos de habeas corpus impetrados após a decretação da prisão.
Por Dayane Santos
O Sindicato dos Metalúrgicos amanheceu tomado de gente nesta sexta (6). Milhares de pessoas se reúnem nas ruas de São Bernardo do Campo, onde está a sede do sindicato, para apoiar e defender o ex-presidente Lula, após o pedido de prisão do juiz Sérgio Moro na tarde desta quinta (5).
“Em uma decisão contestada tanto por grandes nomes do Direito quanto pelo povo brasileiro, que pode não ter notório saber jurídico, mas entende de justiça, o ex-presidente Lula teve negado seu pedido de um habeas corpus que o protegesse dos que tentam prendê-lo por uma condenação forçada sem qualquer prova”, afirma o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) sobre a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a decretação da prisão de Lula em tempo recorde.
O ataque à democracia, que culminou com o pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, começou quando aplicaram o impeachment na ex-presidenta Dilma Rousseff, disse o senador Paulo Paim (PT-RS) em sessão plenária nesta sexta-feira (6). O senador lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal, que negou o habeas corpus a Lula, numa “ação estritamente política, desprovida de razão, contra o Estado Democrático de Direito” e “seletiva no âmbito da Justiça”.
O senador Roberto Requião (MDB-PR) afirmou nesta sexta-feira (6) que o juiz Sergio Moro cumpriu o protocolo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos ao ordenar a prisão do ex-presidente Lula, e não os procedimentos legais brasileiros. “Moro cometeu ilegalidade e está a serviço de fora”, declarou o parlamentar.
O mandado de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expedido no final da tarde desta quinta-feira (5) pelo juiz federal Sérgio Moro já repercute na imprensa internacional.