Ao lado de lideranças políticas e sociais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento à imprensa nesta sexta-feira (4), na sede do diretório nacional do PT, em que manifestou a sua indignação ao que chamou de “falta de respeito ao direito” e “autoritarismo do judiciário”, mas avisou: “Se queriam matar a jararaca, não conseguiram. Bateram no rabo, não na cabeça”.
Por Dayane Santos
O presidente da Bolívia, Evo Morales, expressou sua solidariedade com o ex-presidente Lula, devido à condução coercitiva sob a qual ele foi submetido na manhã desta sexta-feira (4).
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou de forma dura, nesta sexta (4), a atuação do juiz Sérgio Moro, que determinou a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. Classificando a ação, que integra a 24 ª fase da Operação Lava Jato, como um “ato de força”, ele afirmou que “atropelar as regras” só gera “instabilidade”.
O jurista e professor titular da Faculdade de Direito da USP, Gilberto Bercovici, disse, nesta sexta (4), que ocorreu claro “abuso” na condução da 24ª fase de Operação Lava Jato. Ao analisar o atual momento do país, ele afirmou que há “um desrespeito pleno, completo e absoluto” a todas as garantias constitucionais. “A Constituição de 1988 não vigora mais”, declarou. E defendeu que apenas a mobilização popular pode barrar um retrocesso em conquistas democráticas e sociais.
Por Joana Rozowykwiat
Em manifestação realizada na manhã desta sexta-feira (4), na Praça do Ferreira, área central de Fortaleza, o deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) reforçou a defesa popular do ex-presidente Lula, contra os ataques sofridos em decorrência de mandado de condução coercitiva autorizado pela Justiça e cumprido pela Polícia Federal, sob holofotes e helicópteros da imprensa.
Lula ironizou a “preocupação” da grande mídia e zombou da Globo na coletiva de imprensa na tarde desta sexta (4). “Se preocupando com pedalinho de dois mil reais que ela [dona Marisa] comprou pros netos. Se preocupando porque eu estou utilizando a chácara de um amigo, eu uso dos amigos, porque meus inimigos não me oferecem. Bem que a Globo poderia me oferecer o tríplex de Paraty (…). Quem tem casa em Nova York, em Paris, nunca me ofereceram, se me oferecessem eu ia”, ironizou Lula.
O ar empesteado de avisos da véspera, lubrificados pelo Jornal Nacional, e pelas manchetes desta fatídica 6ª feira, 4 de março de 2016, desdobrou-se na ruptura longamente cevada, desde outubro de 2014.
Instantes após ter encerrado seu depoimento na manhã desta sexta-feira (4), o ex-presidente Lula está “absolutamente sereno”, segundo informações do líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que esteve no aeroporto de Congonhas, onde ocorreu a oitiva. De acordo com Daniel, uma comitiva de senadores, deputados federais e estaduais esteve na unidade da Polícia Federal localizada no terminal.
Os advogados Pedro Serrano e Alberto Zacharias Toron, que têm clientes envolvidos na Operação Lava Jato, fizeram há pouco sérias críticas à forma de condução da operação em si e desta 24ª fase, deflagrada nesta sexta (4).
A bancada do PCdoB na Câmara repudiou a ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo de um dos mandados de condução coercitiva da Operação Lava-Jato, nesta sexta-feira (4), em São Paulo. Para o líder da legenda na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), a operação é revestida de ilegalidades.
O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro dos governos José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, fundador do PSDB, usou, nesta sexta, a sua página no Facebook para condenar a ação da Polícia Federal contra o ex-presdiente Luiz Inácio Lula da Silva. "Definitivamente, está havendo abuso de direito", escreveu.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) repudiou a ação da Polícia Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta sexta-feira (04). Para Alice, há um cerco sob a maior liderança da vida política da história do país, que mais fez pelo povo brasileiro, especialmente pelos mais pobres.