A síntese das manifestações de domingo: apesar do intenso apoio midiático e da estrutura de convocação pela rede, os atos de hoje – "contra a corrupção" e em apoio ao juiz Moro – tiveram queda significativa de mobilização.
Pelo menos 300 dirigentes de movimentos sociais e partidos que compõem a Frente Brasil Popular, em diversos estados, vão se reunir quarta e quinta-feiras (7 e 8) em plenária nacional no Sesc Venda Nova, no bairro da Mantiqueira, em Belo Horizonte. Na pauta, as medidas do governo de Michel Temer e agenda de mobilizações para o próximo ano. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são esperados.
Desde de que as manifestações pró-impeachment começaram, cerca de 1 ano atrás, observamos o tratamento distinto ofertado aos protestos ligados a grupos de esquerda e direita. Nesta semana, o Brasil acompanhou milhares de estudantes que lutavam contra a PEC 55 serem violentados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Por Laís Gouveia
Com a generosa cobertura da mídia falsamente moralista – em especial da TV Globo –, milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (4) para defender os abusos da Lava-Jato e para endeusar o “carrasco” Sergio Moro. As “marchas contra a corrupção” ocorreram em cerca de 200 cidades. Elas foram organizadas por várias grupos golpistas, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua.]
Por Altamiro Borges*
A União Nacional dos Estudantes (UNE) lançou uma nota nesta quinta-feira (1) a respeito das cenas de violência promovidas pela Polícia Militar do Distrito Federal na última terça-feira (29), durante a manifestação contra a PEC 55 ocorrida em Brasília. Segundo o comunicado. "A polícia do GDF não tinha intenção de controlar as ações isoladas do ato, mas sim sufocar a manifestação" e conclui "vamos parar o Brasil com trancaços em todos os cantos, no segundo turno da votação da PEC 55".
A faixa pendurada na entrada do Teatro da Universidade Católica (Tuca), na zona oeste da cidade, dava o tom do ato. Nela lia-se: "Doria não feche os braços". Promovido pela Frente Estadual de Luta Antimanicomial (Feasp) na última terça-feira (29), dezenas de pessoas, a maioria trabalhadores na área da saúde mental, se reuniram para chamar a atenção do futuro prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para não terminar com o programa De Braços Abertos (DBA).
Após momentos de desespero devido à repressão da polícia ao protesto organizado nesta terça-feira (29) em Brasília contra a a PEC dos gastos públicos, o saldo foi de perdas, desaparecimentos, indignação e, distante completamente da vontade popular, a aprovação pelo Senado em primeiro turno ao final do dia, com 55 votos a favor, do congelamento por vinte anos dos orçamentos de saúde, educação e outras áreas essenciais.
A violência usada por forças policiais contra os manifestantes na tarde/noite desta terça-feira (29), em frente ao Congresso nacional, foi duramente criticada por parlamentares da oposição ao governo golpista de Michel Temer. E comparada às forças policiais usadas pela ditadura militar contra os manifestantes que, em abril de 1984, lutavam pelas Diretas Já! Os dois governos e os métodos são igualmente ilegítimos e representam uma violação ao estado democrático de direito.
Estudantes, trabalhadores e representantes de movimentos sociais foram reprimidos nesta terça-feira (29), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eles estavam mobilizados contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta do governo Michel Temer já foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado Federal. A PEC visa a um ajuste fiscal congelando os investimentos da União por 20 anos.
Milhares de estudantes e trabalhadores estão em Brasília nesta terça-feira (29) lutando contra a aprovação da PEC 55 que será votada ainda hoje no Senado Federal. A marcha, organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) União Nacional dos Estudantes (UNE) a Associação Nacional de Pós-Graduandos, em conjunto com entidades dos movimentos sociais, denuncia o conteúdo da proposta, que, caso aprovada, congelará nos próximos 20 anos investimentos nas áreas da saúde e educação.
Cerca de 40 mil pessoas, de acordo os organizadores, ocuparam a Avenida Paulista na tarde deste domingo (27) para protestar contra a PEC 55 – que limita investimentos públicos por 20 anos –, contra a perda de direitos dos trabalhadores e gritar "Fora Temer", em manifestação organizada pela frente Povo Sem Medo, que reúne mais de 30 movimentos sociais, entre eles o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
A Frente Povo Sem Medo organizou na tarde deste domingo (27) um ato contra a PEC 55/241, proposta que congela os gastos dos governos nos próximos 20 anos, na Avenida Paulista, região central de São Paulo. A manifestação reuniu cerca de 40 mil pessoas, segundo os organizadores.