Médicos de todo o Brasil fazem paralisação nesta terça-feira, 23 de julho, para protestar contra medidas tomadas pelo Governo Federal na área da saúde, como os vetos à Lei do Ato Médico e o Programa Mais Médicos. Todos os casos de urgências e emergências serão atendidos durante as paralisações.
As manifestações de médicos, nessa última terça-feira (16), revelam um núcleo duro e mobilizado das elites brasileiras. Sua influência nos meios de comunicação, na sociedade e nas instituições já ameaça o programa de saúde recentemente lançado pelo governo. A julgar pelas emendas apresentadas na Câmara dos Deputados, a desfiguração desse projeto será inevitável.
Por Breno Altman*, no Portal 247
Médicos de todo o Brasil continuam em protesto contra as últimas decisões do Governo Federal, principálmente em relação ao Programa Mais Médico e vetos ao Ato Médico.
O deputado federal João Ananias (PCdoB-CE) apresentou Emenda Supressiva à Medida Provisória Nº 621, de 8 de julho de 2013, que entre outras providências cria o Programa Mais Médicos. O parlamentar propõe que seja suprimido do texto da referida MP a frase “prorrogável por igual período em razão do disposto no parágrafo 1º do artigo 8º, mediante declaração da coordenação do Projeto”.
Há no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 700 cidades em periferias das metrópoles e regiões do Norte e Nordeste sem médicos. É preciso unidade.
Por Jandira Feghali*
Decisão de obrigar estudantes de medicina a servir ao SUS não é só correta e necessária – é fundamental para o processo civilizatório brasileiro.
Por Leandro Fortes*, na Carta Capital
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (12) o aumento da bolsa do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) de R$ 8 mil para R$ 10 mil. O novo valor, que vai começar a ser pago em setembro, equipara essa bolsa à do Programa Mais Médicos, lançado no começo da semana.
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (10), piso salarial para médicos e cirurgiões dentistas no valor de R$ 9 mil. Pela proposta, a carga horária desses profissionais será de 20 horas semanais.
A Associação Médica Brasileira (AMB) anunciou nesta quarta-feira (10) a realização de um censo para traçar um panorama sobre a situação de trabalho dos cerca de 400 mil médicos do país.
Os alunos que ingressarem nos cursos de medicina a partir de 2015 terão que atuar dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para receber o diploma. A medida é válida para faculdades públicas e privadas e faz parte do programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira (8) pelo governo federal. Com isso, o curso passará de 6 anos para 8 anos de duração.
"Mais médicos em nosso país significa mais saúde para a população. Esse é o nosso grande objetivo, e é para isso que estamos trabalhando com muita determinação", foi o que declarou a presidenta Dilma Rousseff ao falar sobre as propostas do seu governo sobre a questão.
Da Rádio Vermelho, com informações do Blog do Planalto
O governo vai lançar na próxima segunda-feira (8) o programa que prevê a ampliação de vagas de residência médica e contratação de milhares de médicos, inclusive profissionais estrangeiros. O anúncio será feito no Palácio do Planalto pela presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Educação, Aloizio Mercadante.