O mercado está se abrindo cada vez mais para as pessoas com deficiência, segundo a coordenadora do Programa de Ações Inclusivas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Adriana Barufaldi.
As mulheres com formação técnica são maioria no mercado de trabalho, representam 55%, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2013. Elas chegaram a 2,9 milhões no mercado formal, que inclui indústria, construção, comércio, serviços e agropecuária.
Embora a desigualdade esteja diminuindo desde o início da década passada, os trabalhadores enfrentam uma estrutura ocupacional fortemente piramidal, com poucas chances de mobilidade ascendente. Entram no mercado por baixo e tendem a ficar por aí mais tempo.
Por José Carlos Peliano*, no Brasil Debate
O mercado de trabalho formal gerou 588.671 empregos com carteira assinada, um crescimento de 1,45% em relação ao estoque de dezembro de 2013, segundo dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (17). “A meta do governo é criar 1 milhão de empregos formais em 2014″, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ao apresentar os números.
A participação das mulheres no grupo de pessoas ocupadas nas 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas no país registrou alta de 3,2% entre 2011 e 2012, crescimento de 1,5 ponto percentual em relação ao aumento da participação dos homens no período (1,7%).
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado fechou abril em 11,7 milhões. O resultado é 2,2% maior que o registrado em abril do ano passado, mas sem variação na comparação com março deste ano. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A formalização do mercado de trabalho e o aumento do salário dos trabalhadores são os fatores que mais contribuíram para a queda da desigualdade social nos últimos anos. Esses dois fatores superam até mesmo outras fontes de renda do brasileiro provindas do Orçamento da União, como a Previdência e programas sociais concedidos pelo governo. Para a conta, foi utilizado como benefício social o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda.
Maioria entre a população brasileira – 50,7% dos brasileiros, conforme o Censo do IBGE de 2010 – os pretos e pardos se mantêm em desvantagem em relação aos brancos também no mercado de trabalho.
O consumidor brasileiro está mais confiante no mercado de trabalho, segundo pesquisa divulgada hoje (7) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Indicador Coincidente de Desemprego, que mede a satisfação do brasileiro com o mercado de trabalho, teve uma melhora de 4,6%, na comparação com o mês anterior. Esse é o maior avanço desde dezembro de 2007 (7,6%).
Discutir a inserção das mulheres no mercado de trabalho, ampliar a participação da mão de obra feminina e defender políticas públicas são temas do terceiro congresso das metalúrgicas do ABC, aberto na noite desta quinta-feira (3) em São Bernardo do Campo. Na base do sindicato, que inclui quatro dos sete municípios da região, as metalúrgicas somam 15,2% da categoria, segundo o Dieese, o que representa 15,3 mil trabalhadores. Em 1998, as mulheres representavam 12,4%.
Ainda que a América Latina trabalhe com melhor sorte que outras regiões o impacto da crise financeira mundial, e nos últimos anos mostre crescimento econômico, mantém desigualdades e persistentes problemas como o desemprego juvenil.
Em contraste com os analistas de plantão de boa parte da mídia brasileira, que dia a dia descrevem situações e condições preocupantes da economia do país, um olhar imparcial e limpo de impurezas ideológicas dos indicadores mostra uma realidade totalmente diferente inclusive em comparação com quadros semelhantes de outros quadrantes do mundo.
Por José Carlos Peliano*, na Carta Maior