O Mercosul vive um novo momento e uma expectativa muito favorável no sentido de sua expansão. Em um mundo multipolar agonizante, não interessa aos países hegemônicos o fortalecimento de blocos de Estados, e o consequente fortalecimento de sua força econômica e política nas negociações multilaterais. Também não interessa o fortalecimento econômico do Mercosul em decorrência, por exemplo, da entrada da Venezuela como membro pleno.
Por Carol Proner e Larissa Ramina na Carta Maior
O presidente do Uruguai, José Mujica, propôs a fusão do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) em um único bloco. A iniciativa foi apresentada por ele a seus pares da região nas cúpulas das duas organizações, que aconteceram na última sexta-feira (29), em Mendoza, na Argentina.
O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica afirmou, nesta quarta-feira (4) que há unanimidade entre os países do Mercosul para receber a Venezuela como novo membro com direito pleno no bloco comercial.
O caso do golpe ocorrido no último dia 22 no Paraguai, que destituiu o presidente Fernando Lugo, gerou uma resposta uníssona dos chefes de Estado do Mercosul em condenação à ruptura da ordem democrática no país vizinho -posição amparada pelo Protocolo de Ushuaia II, que prevê a cláusula democrática para permanência no bloco.
Por Pedro Silva Barros, Luiz Fernando Sanná Pinto e Felippe Silva Ramos*, na Folha de S. Paulo
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), classificou como “necessária e correta” a decisão dos chefes de estado do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai), anunciada na sexta-feira (29), de suspender o Paraguai do Mercosul até a realização das próximas eleições presidenciais previstas para abril de 2013. E também elogiou a aprovação do ingresso da Venezuela.
A Venezuela será membro pleno do Mercosul em 31 de julho e o Paraguai foi suspenso do bloco até as eleições de abril próximo. As duas notícias ficaram ligadas porque o Senado paraguaio era o responsável por barrar a incorporação da Venezuela, mas o protocolo entre o Mercosul e Caracas foi assinado em 2006.
Por Martín Granovsky*, na Carta Maior
O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, defendeu nesta segunda-feira (2) a decisão do Mercosul de suspender o Paraguai do bloco após a destituição de Fernando Lugo da Presidência do país e rebateu as declarações do chanceler do Uruguai, Luis Almagro, de que o Brasil teria pressionado as negociações para a entrada da Venezuela no grupo. Também a Argentina se pronunciou, ressaltando que a decisão foi unânime.
A China e o bloco comercial sul-americano Mercado Comum do Sul (Mercosul) pretendem promover mais sua cooperação econômica e comercial para "alcançar em 2016 um valor comercial de US$ 200 bilhões", segundo um comunicado conjunto divulgado na semana passada.
Ao decidir suspender o Paraguai e incorporar a Venezuela como membro pleno do Mercosul, Brasil e Argentina sinalizaram para o aprofundamento do conceito de democracia na América Latina. Uma decisão que nos compromete no fluxo da vida, pela responsabilidade que criamos em relação a novas possibilidades de presente e futuro.
Por Gilson Caroni Filho*
A Fiesp decidiu contratar o ex-embaixador Rubens Barbosa como seu pensador político e porta-voz corporativo. O diplomata, conhecido por sua posição francamente neoliberal, vem combatendo com insistência a política externa brasileira. Mas, pelo que parece, está prestando mau serviço à indústria de São Paulo, que tem, na Venezuela, um excelente mercado comprador.
Por Mauro Santayana, na Carta Maior
Os membros plenos do Mercosul definiram algo que os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai já tinham resolvido: fixaram uma data para a incorporação da Venezuela ao Mercosul como o quinto membro do grupo com todos os direitos e obrigações. A diferença é que, desta vez, o Paraguai não participou da decisão porque, justamente, teve suspensa parte de seus direitos e obrigações.
Por Martín Granovsky, no Página/12
A presidenta Dilma Rousseff assumiu sexta-feira (29) a presidência pro tempore do Mercosul durante a reunião de cúpula do bloco em Mendoza, na Argentina. Ela convocou os países do Mercosul a um esforço integrado para que o Paraguai tenha eleições “democráticas, livres e justas”, em abril do ano que vem.