O coordenador do Centro de Direitos Humanos da Montanha Tlachinollan, Abel Barrera Hernández, afirmou neste domingo (21) que o Governo Federal mexicano suspendeu a busca pelos estudantes normalistas no município de Iguala, estado de Guerrero, ao sul do México.
Os pais dos 43 estudantes desaparecidos no México em setembro disseram, nessa quarta-feira (10), que pretendem recorrer a instâncias internacionais para que o caso seja solucionado. Eles manifestaram insatisfação com o trabalho das autoridades mexicanas.
No boletim da Rádio Vermelho desta quarta-feira (10) confira a ação movida pelo PCdoB e PT contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), depois dele ter ofendido a também deputada Maria do Rosário (PT-RS). O programa também destaca: operador do trensalão tucano controlava 23 contas em bancos europeus, pais de estudantes mexicanos desaparecidos pedem suspensão das eleições e China se esforçará para melhorar situação dos direitos humanos.
Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho
Os pais dos 43 estudantes desaparecidos, no fim de setembro, no Sul do México, pediram nesta terça-feira (9) ao Senado que suspenda as eleições legislativas de junho de 2015 no estado de Guerrero, onde os jovens desapareceram.
Os parentes dos estudantes desaparecidos no estado mexicano de Guerrero pediram, no domingo (7), às autoridades que não suspendam a busca pelos 42 jovens desaparecidos, depois de um corpo ter sido identificado.
O caso dos 43 estudantes desaparecidos no México, trouxe à tona ao mundo um contexto muito mais extenso de casos de desaparecimentos no país. Tal contexto representa a profunda fragilidade política, social e moral do Estado do México e alerta para a vulnerabilidade da população ao Poder Público.
Por Marcela Belchior, na Adital
Em meio à crise política e humanitária no México, chefes de Estado e de governo começaram a chegar neste domingo (7) a Veracruz, cidade portuária mexicana que receberá a 24ª Cúpula Ibero-Americana entre esta segunda e terça-feira.
Neste sábado (6), peritos forenses identificaram os restos mortais de um dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos, entre os restos humanos carbonizados encontrados em um aterro. De acordo com informações das autoridades federais, os restos humanos foram encontrados em uma lixeira, ao lado de um rio no sul do estado de Guerrero. “Uma das peças (ossos) pertence a um dos estudantes”, disse o oficial federal.
O México lembra, neste sábado (6), os 100 anos da entrada dos exércitos revolucionários de Emiliano Zapata e Francisco Villa na capital do país, mas as atividades serão acompanhadas por mais um dia de protestos pelo desaparecimento de 43 estudantes.
O drama do desaparecimento dos 43 estudantes normalistas em Ayotzinapa trouxe à tona outra questão que poderá ser desvelada como mais uma face trágica da violência no México: se os corpos carbonizados encontrados em fossas clandestinas desde o mês passado não são dos jovens, então, de quem são? Para tentar elucidar mais essa questão, mexicanos que possuem parentes desaparecidos foram convocados para colaborarem com a investigação.
Por Marcela Belchior*, na Adital
As autoridades mexicanas encontraram, nessa quinta-feira (28), corpos decapitados de 11 jovens em uma estrada entre as localidades de Chilapa de Álvarez e Ayahualulco, no estado de Guerrero. Desde o desparecimento de 43 estudantes após um protesto em setembro, vários corpos foram encontrados em valas clandestinas na região. Contudo, segundo testes da perícia, até o momento nenhum deles corresponde ao DNA dos jovens procurados.
No domingo passado, autoridades mexicanas convocaram o embaixador uruguaio, Jorge Alberto Delgado, para uma conversa. A secretaria de Relações Exteriores do país emitiu um comunicado afirmando “surpresa” e “rejeitando categoricamente” as declarações do presidente do Uruguai, José Mujica, que chamou o México de “Estado falido” em uma entrevista à revista Foreign Affairs. Enrique Peña Nieto, mandatário do México, enfrenta críticas cada vez mais duras e não conseguirá “tapar o sol com a peneira”.
