O vice-presidente Michel Temer fez doações eleitorais, como pessoa física, acima do permitido em lei. Ele foi condenado em primeira instância a pagar 5 vezes mais o que doou. O Ministério Público Eleitoral recorreu e pediu para aumentar a multa para 10 vezes. Nesta terça (3) ocorreu o julgamento e foi mantida a condenação a Temer, sem o aumento. A decisão foi unâmine.
É com uma desenvoltura de decência duvidosa que o conspirador mor Michel Temer tem se movido no cenário político para dividir o butim de um eventual governo que venha a comandar caso o golpe midiático judicial tenha sucesso.
Por José Carlos Ruy*
Pode até ser que, guindado à Presidência da República, Temer não leve a cabo essa agenda do passado. Entretanto, isso não seria resultado de uma mudança de concepção, mas de incapacidade de implementá-la, porque sofrerá forte e implacável oposição política, social e sindical. Aguardemos, pois.
Por Marcus Verlaine*
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou as propostas do PMDB para a educação em um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, caso o peemedebista assuma o Palácio do Planalto no lugar da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Mercadante, as ideias, apresentadas no documento A Travessia Social, são "um passo em direção ao passado e não ao futuro”.
Que loucura! O Brasil perdeu o rumo. Em nome do Combate à Corrupção, estamos trocando um presidente sobre o qual não há qualquer processo, por um vice-presidente envolvido sob diversas maneiras na Operação Lava Jato.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
Ao falar com a colunista do Estadão, Andreza Matais, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de denúncias por contas secretas no exterior e recebimento de propina da Petrobras, disse que está tranquilo quanto ao processo de cassação contra ele, pois o mesmo deve ser anulado. Cunha afirmou ainda que os deputados "não serão empregados" de Michel Temer, caso ele assuma a Presidência da República.
Com direitos ameaçados por um possível governo de Michel Temer, neste mês de maio, trabalhadores permanecem mobilizados para evitar retrocessos e barrar o golpe. Líder do PCdoB na Câmara, Daniel Almeida (BA), diz que vice-presidente age sem legitimidade e reapresenta agenda derrotada nas urnas.
Por Iberê Lopes
Vice-presidente não pode nomear novo ministério, em caso de afastamento da presidenta da República para se defender no processo de impeachment no Senado Federal.
Por Jorge Rubem Folena de Oliveira*
Uma tragédia se avizinha e voa rasante sobre as casas e as vidas de milhões de brasileiras e brasileiros.
Por Ana Fonseca*
O processo de impeachment ainda está em debate no Senado, mas o vice-presidente Michel Temer – que conspira para se tornar titular – já consolidou até um documento com suas propostas para um eventual governo pós-golpe. A plataforma Travessia Social fala em privatizar “tudo o que for possível” na área de infraestrutura, reduzir o total de atendidos no programa Bolsa Família, desindexar benefícios sociais da variação do salário mínimo, flexibilizar leis trabalhistas e reformar a Previdência.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) criticou o comportamento do vice-presidente Michel Temer, alegando que ele já está montando um governo e tentando interferir na pauta do Congresso Nacional antes da conclusão do processo de impedimento contra a presidenta Dilma Rousseff. Também a senadora Ângela Portela (PT-RR) criticou a postura de Temer, destacando que um eventual governo dele já nasceria com "a marca da ilegitimidade.”
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, reagiu com indignação à notícia de aliados do vice-presidente Michel Temer na investida golpista vão insistir na proposta de desvincular benefícios – incluindo os da Previdência – dos reajustes concedidos ao salário mínimo. Para Rossetto, tal desvinculação, que está na plataforma de um eventual governo Temer/Cunha, é "um crime".