Dos 74 deputados que já se manifestaram contra a concessão de autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa receber a denúncia formulada contra Michel Temer (PMDB) por corrupção passiva, 30 fazem parte da bancada ruralista (40,5%), representante dos interesses econômicos de grandes proprietários de terras e do agronegócio. A votação está prevista para ocorrer no Plenário da Câmara no dia dois de agosto.
Duas visitas em especial aos hospitais federais do Rio de Janeiro chocaram a comissão de deputados criada para fazer um raio-x da situação da saúde no estado, e colocam em xeque a posição do ministro da Saúde, Ricardo Barros, ao dizer que faz uma gestão empresarial à frente da pasta.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB-SP), um dos principais fiadores do golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, se reuniu neste domingo (23) durante quatro horas com Michel Temer, em São Paulo.
Reportagem de Martha Beck, Manoel Ventura e Geralda Doca, em O Globo, mostra o cenário devastador dos investimentos públicos no Brasil e, em consequência, a falta de qualquer perspectiva de retomada de um crescimento sustentado da economia, que vai ter, durante um bom tempo, com as soluções (positivas e negativas) da mera especulação financeira.
Por Fenando Brito*, no Tijolaço
O ex-presidente do Uruguai e atual senador José 'Pepe' Mujica, de 82 anos, classifica como "triste" o fato de que se tenha trocado integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para garantir a rejeição do parecer que recomendava o avanço da denúncia por corrupção passiva contra Michel Temer.
A salvação de Temer, acusado de corrupção, além dos prejuízos políticos para o país, tem um custo econômico altíssimo. Os R$ 11 bilhões em aumento de impostos anunciados essa semana já são reflexos do uso indevido e irresponsável da máquina pública que Temer faz para comprar votos na Câmara e tentar se salvar.
Por Paulo Pimenta*
Na sexta-feira (21), entrou em vigor em todo o país o reajuste nos impostos que incidem sobre os combustíveis, conforme havia sido anunciado pelo governo federal. O maior aumento é o da gasolina, cuja incidência tributária salta de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro.
Nesta sexta-feira (21), o pato amarelo voltou à Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A instituição protesta contra ao aumento das alíquotas do PIS e da Confins sobre combustíveis, que tem impacto não apenas sobre o setor industrial, mas em toda a economia.
O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo, afirmou nesta sexta-feira (21) que o aumento de impostos e o corte no orçamento adotado pelo presidente Michel Temer confirmam que a política econômica do governo é fracassada. “Enganaram os empresários. O pato voltou para a porta da Fiesp”, ironizou Adilson.
Por Railídia Carvalho
As mudanças propostas têm como fio condutor a redução do Estado e o posicionamento do país nos elos menos virtuosos das cadeias globais de valor.
Por Tiago Oliveira e Clóvis Scherer*
O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), voltou a reclamar, nesta sexta-feira (21), da demora na liberação de recursos federais que serão empregados em obras de reconstrução da capital após as chuvas. Segundo ele, há uma “burocracia idiota” para que os problemas relacionados às precipitações possam ser resolvidos.
Na tentativa de cumprir a meta fiscal deste ano, o governo federal anunciou nesta quinta (20) um contingenciamento adicional de R$ 5,9 bilhões no orçamento. No total, o bloqueio de recursos já atinge cerca de R$ 45 bilhões. Para a professora de Economia da UFRJ, Esther Dweck, o corte é “dramático” e tem impacto sobre os serviços prestados à população.
Por Joana Rozowykwiat