O deputado federal Daniel Coelho (PE), integrante da ala jovem do PSDB, condenou a permanência da legenda junto ao governo Michel Temer. Segundo ele, “o partido está mais do que rachado e dividido neste momento” e “ficar neste governo podre, da maneira como ele está, é o caminho da perdição completa”.
Lançado em 25 de junho de 1988, o manifesto que deu origem a fundação do PSDB – partido resultado de um grupo de dissidentes do PMDB, dizia: “Longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas, nasce o novo partido”. Atualmente, as ruas pedem Fora Temer e eleições gerais. Os tucanos, por suas vez, como há muito tempo, ignoraram às ruas.
Por Dayane Santos
Nesta segunda-feira (12), pouco antes da reunião da executiva nacional do PSDB, que discutira o desembarque ou não do governo de Michel Temer, o relator da reforma trabalhista no Senado, o tucano Ricardo Ferraço (PSDB-ES), defendeu que a legenda entregue os cargos por conta das "denúncias devastadoras" contra Temer.
Depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decidiu pelo arquivamento do processo de cassação, Michel Temer tenta recompor a sua base aliada para se manter no poder, mesmo sob investigação de ilícitos após as revelações trazidas pelas conversas com o empresário da JBS. No final da tarde desta segunda-feira (12), gravou um vídeo para as redes sociais e, em seguida, se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na corda bamba e com 84% de desaprovação, o presidente Michel Temer estuda medidas que possam ter impacto direto na vida das pessoas, como forma de ganhar algum apoio. De acordo com a Coluna do Estadão, o Planalto agora estaria cogitando um afago à classe média – uma revisão na tabela do Imposto de Renda, que poderá reduzir a maior alíquota cobrada de pessoa física de 27,5% para 18%. Para compensar a perda da arrecadação, o governo reverteria a isenção na taxação de dividendos.
A novela sobre o desembarque do PSDB do governo Michel Temer continua. A legenda aguardava a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a ação que moveu contra a chapa Dilma-Temer para deliberar em reunião que acontece nesta segunda-feira (12). Mas tudo indica que os tucanos seguirão a tradição e ficarão em cima do muro.
O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, manifestou por meio de nota oficial na tarde deste sábado (10) seu repúdio às denúncias publicadas pela revista Veja de que o governo teria usado agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.
O TSE absolveu Temer, é o título que ecoa na mídia. Herman Benjamin, ministro relator do processo, aberto após denúncia do PSDB de Aécio Neves em 2014, pretendia a condenação da chapa Dilma-Temer, alargando o âmbito das provas àquelas que pululam com as informações obtidas pela Lava Jato.
Alexandre Weffort*
O ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira é enfático ao analisar o cenário político e econômico do país, e frisa sem pestanejar que a situação do presidente Michel Temer (PMDB) no poder é insustentável. Para ele, o peemedebista não terá condições de aprovar as reformas, e muito menos tirar o país da crise econômica. "Ele é a crise, inclusive", disparou.
Por Rebeca Letieri, do Jornal do Brasil
Como vinha antecipando em minhas redes sociais, o longo julgamento no TSE sobre a cassação da chapa de Temer em 2014 não estaria sob nosso controle – o do campo da esquerda e progressista.
Logo depois de concluída a sessão do Tribunal Superior Eleitoral de ontem, que não cassou a chapa Dilma-Temer, o jornal O Globo criticou o fato em editorial intitulado “TSE erra o passo”. E continuou: “De quebra o Tribunal deixa Dilma livre para concorrer em 2018”.
Mesmo sendo absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), algo previsível desde o início do julgamento, o golpista Michel Temer terá de enfrentar acusações da Procuradoria Geral da República, mas para a ação seguir adiante vai depender da aprovação do Congresso. Não é à toa que Temer está acionando seu dispositivo para conseguir o número suficiente de apoiadores para se manter no cargo. Qualquer dúvida é só consultar o Diário Oficial.
Por Mário Augusto Jakobskind