O #Ocupa Brasília, movimento realizado nesta terça-feira (29) contra a pauta conservadora em análise no Congresso, promoveu reunião com parlamentares de diferentes partidos políticos, juristas, lideranças sociais e sindicais para definir a estratégia de luta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas e do Estado Democrático de Direito no país. A decisão é de que os movimento sociais e juristas vão entrar com pedido de impeachment contra Michel Temer na próxima terça-feira (6).
Aldo Fornazieri, professor da Escola de Sociologia e Política, fala sobre os desdobramentos da crise instalada no governo Temer após a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. De acordo com o professor o caso, permite a abertura de processo de impeachment por crime de prevaricação.
Sem economizar nos adjetivos, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em sua coluna semanal na Folha de São Paulo, avalia como “contradição, dissimulação e tergiversação — cara de pau no linguajar popular” a atitude dos políticos que patrocinaram o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff pegos em crimes de concussão, tráfico de influência e advocacia administrativa e que utilizaram a bandeira da ética e o combate à corrupção como principal apelo popular.
Notícias relacionadas ao assunto foram vistas mais de meio bilhão de vezes, e se transformam no maior desafio do presidente desde que assumiu.
Por Carla Jimenez, do El Pais
Deputados e senadores de oposição ao governo de Michel Temer protocolaram nesta segunda-feira (28), uma representação pedindo ao Ministério Público que apure crimes de concussão e advocacia administrativa cometidos pelo presidente da República.
Parlamentares do Psol protocolaram nesta segunda (28) um pedido de impeachment do presidente da República, Michel Temer. O documento argumenta que Temer incorreu em crime de responsabilidade contra a probidade na administração pública durante o episódio envolvendo os ex-ministros Geddel Vieira Lima (secretaria de Governo) e Marcelo Calero (Cultura).
A Oposição foi à PGR nesta segunda-feira (28) para entrar com representação contra Michel Temer. Os líderes da Minoria na Câmara e no Senado, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ), respectivamente, encabeçam pedido de investigação do presidente da República por crimes de concussão e advocacia administrativa.
Nesta segunda-feira (28), a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu à Polícia Federal as gravações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero que afirma ter sido “enquadrado”, inclusive pelo próprio Temer, para atender o desejo de Geddel e liberar a obra embargada de um prédio de luxo em Salvador, que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, barrou 21 das 41 perguntas formuladas pela defesa do deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para Michel Temer (PMDB).
Os líderes da oposição no Congresso se reúnem, às 18 horas desta segunda-feira (28), para discutir a votação do projeto de combate à corrupção e o contexto político atual. Eles não querem que a demissão do ex-ministro Geddel Vieira Lima ponha fim à crise política que envolve a participação do presidente ilegítimo de Michel Temer no episódio de tráfico de influência dos ex-ministros e do próprio Temer.
O ex-ministro da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, rebateu o argumento usado por Temer de que apenas teria entrado no caso do imóvel La Vue para "arbitrar conflitos entre dois ministros" e recomendar que o caso fosse encaminhado à Advocacia-Geral da União.
A entrevista coletiva de Michel Temer (PMDB), concedida neste domingo (27), mostrou que o escândalo La Vue, que envolveu um de seus mais próximos aliados, Geddel Vieira Lima, elevou a lama do governo até o pescoço. Geddel pediu demissão após o também ex-ministro Marcelo Calero afirmar ter sido “enquadrado”, inclusive pelo próprio Temer, para atender o desejo de Geddel e liberar a obra embargada.