Até onde vai o poder de construir verdades da grande mídia? De pautar o senso comum e de simplesmente varrer para debaixo do tapete tudo que não interessa para que seus objetivos sejam atingidos?
Por Thiago Cassis*, no Portal UJS
Os quatro grandes conglomerados de mídia que monopolizam a comunicação de massa no Brasil chegam à sétima disputa com o PT pela Presidência da República. Organizações Globo, Grupo Folha, Grupo Estado e Editora Abril vêm tomando partido em todas as eleições presidenciais ocorridas desde a redemocratização de fato do país, em 1989, quando, pela primeira vez em quarto de século, os brasileiros puderam escolher seu presidente.
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania
Dados publicados pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP),da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), revelam a linha de cobertura agregada de grandes jornais nacionais (Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo) no que toca os candidatos da corrida presidencial.
A Folha de S. Paulo acaba de descobrir que o racionamento de água que ocorre em São Paulo é racionamento mesmo, e não efeito colateral de obras de manutenção da rede. Essa constatação faz a manchete do jornal nesta sexta-feira (1º): “Ação de SP na crise da água equivale a racionamento”.
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
A “reportagem” do Jornal Nacional desta quinta-feira (31) onde Aécio Neves admite o uso do aeroporto de Cláudio deveria ser copiada e distribuída nas escolas de jornalismo. Porque é uma aula de como não deve (ou deveria) ser o jornalismo. O texto é uma colagem de notas oficiais e declarações em clima de campanha do candidato tucano. Não há uma gota sequer de reportagem ou investigação. Vale o que foi escrito e o que foi dito pelo candidato.
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço
No jargão jornalístico, “setorista” é o repórter que acompanha e escreve exclusivamente sobre algum tema. Quando Gilberto Kassab era prefeito de São Paulo, um conhecido jornal paulista não tinha nenhum setorista de Prefeitura. O que existia e ainda existe, são repórteres especializados em transportes ou saúde, por exemplo. Em janeiro de 2013, quando começou o governo Fernando Haddad, o mesmo jornal nomeou três setoristas de Prefeitura.
Por Lino Bocchini*, na Carta Capital
Se é possível definir as características da mídia tradicional do Brasil neste período pós-Copa do Mundo, pode-se dizer que o jornalismo se tornou errático, como um desses rojões de festa junina chamados de busca-pé.
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
A família Marinho sempre manteve relações de subserviência diante dos EUA. O livro “A história secreta da Rede Globo”, um clássico do falecido jornalista Daniel Heiz, já provou que a associação ilegal com a multinacional estadunidense Time-Life, que originou a tevê do grupo, foi decisiva para a construção do império global – além, óbvio, do escancarado apoio à ditadura militar.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
O governo paulista anunciou nesta terça-feira (29) que mudará o horário de funcionamento do metrô e dos trens de São Paulo nos dias dos jogos para atender aos caprichos e garantir os altos lucros da TV Globo. Na semana passada, parte da torcida corintiana deixou o estádio do Itaquerão antes do final da partida para não perder o transporte. Houve muita reclamação sobre os horários das partidas, que começam às 22 horas para não prejudicar a novela global.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Segue, a olhos nus, pode se dizer que de forma explícita e pública, a marcha de uma bem montada operação da mídia e da oposição, para sumir com o aeroporto dos Neves do noticiário e, assim, proteger o candidato do PSDB, da mídia e dos conservadores, ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB/MG). Basta observar a cobertura no final de semana sobre o aeroporto construído pelo então governador de Minas, Aécio (2003-2010), com dinheiro público do Estado, no município de Cláudio (MG).
Cautelosamente, os jornais brasileiros começam a interpretar o quadro mais amplo das pesquisas de intenção de voto, colocando em perspectiva alguns fatos que foram vinculados recentemente às escolhas do eleitorado.
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa
Uma investigação sobre as relações entre a mídia e a política e a evolução no uso das técnicas do marketing político ao longo da história recente do Brasil. Partindo de uma análise das campanhas de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck (o primeiro a usar a TV) e Jânio Quadros, observa-se o desenvolvimento de mecanismos de propaganda para sensibilizar os eleitores, adequando-se os candidatos ao aperfeiçoamento de sua imagem e técnicas de comunicação.