Um artigo revelador foi publicado nesta quinta-feira (21), no jornal Folha de S. Paulo, pela economista Monica Baumgarten, que escreve semanalmente no caderno “mercado” do jornal paulista. Com o título “A confusão da terceirização”, a colunista, “doutora pela London School of Economics e pesquisadora do Peterson Institute for International Economics” (segundo os créditos da coluna) deixa claro qual é o norte da bússola que orienta a maior parte da crítica econômica brasileira.
A menina dos olhos de Roberto Civita não conseguiu escapar da crise do Grupo Abril. Com as mudanças no mercado editorial, a blindagem da semanária perdeu vigor e incorreu em e cortes importantes, como o anunciado semanas atrás, com várias demissões e o fechamento das Vejinhas BH e DF.
O papel que as organizações Globo desempenharam na Ditadura Militar deve ser estudado cada vez mais a fundo, para evitar falsificações grosseiras que chegam a ser risíveis para quem tem o mínimo conhecimento do que se passou na ocasião, mas que se não forem desmascaradas podem prosperar e atingir incautos que, como mostram incontáveis exemplos, acabam presas fáceis das mentiras e manipulações da mídia hegemônica. Nesta terça-feira (19), completam-se 50 anos do editorial “Adiar seria retroceder”.
Quem não se lembra do personagem “Fagundes”, do excelente cartunista Laerte? Fagundes era o suprassumo do puxa-saquismo. Nada existia que fosse mais importante para ele do que agradar ao “chefinho”. O colunista amestrado Ancelmo Gois, cada vez mais afinado com a linha editorial dos seus patrões, os irmãos Marinho, esta semana conseguiu piorar o já baixo padrão de jornalismo que é praticado sob as ordens de Ali Kamel.
O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, e o ministro da Educação, Renato Janine, assinaram nesta quinta-feira (14) portaria interministerial que regulamenta o Canal da Educação, canal de TV digital gerido pelo Ministério da Educação (MEC) que deve permitir o acesso gratuito a conteúdos educativos produzidos e licenciados pelo MEC e outros órgãos de governo.
O jornal Valor tem um consultório sentimental para executivos. É a sessão “Divã executivo”, onde consultores convidados respondem às cartas. Ao final é publicado um aviso garantindo que a coluna “reflete a opinião dos consultores e não a do Valor Econômico”, embora a escolha dos consultores obedeça a um padrão. Ainda vamos ler alguém lembrar aos executivos que olhem para os lados sempre que atravessarem a rua, rezem antes de dormir e não faltem ao respeito com a mamãe, a vovó e o CEO.
A orientação que norteia a produção jornalística de O Globo tem em primeiro lugar a preocupação de fazer refletir, em suas manchetes, os interesses políticos da família Marinho. Sobra pouco espaço para notícias que tenham impacto real na vida das pessoas ou consistência política relevante. Em qualquer dia da semana esta é uma constatação fácil de fazer.
“O trabalho do jornalista é o de separar o joio do trigo. E publicar o joio”. Assim o jornalista e escritor Luis Fernando Veríssimo descreve com ironia o trabalho da imprensa. Esta ironia, no entanto, é expressão da prática jornalística que hoje domina as redações da mídia hegemônica. Partidarizada, sem qualquer compromisso com a isenção e a pluralidade de opiniões, a mídia brasileira tem um mantra que usa como escudo para as suas vilanias: “a defesa da liberdade de expressão”.
Em entrevista ao Jornal GGN, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de um dos réus da Lava Jato, revelou aos jornalistas Luis Nassif e Patricia Faermann, como o caso é guiado na Justiça do Paraná e a interferência da imprensa. “A mídia está ajudando, ou até substituindo, um juiz no ato de julgar”, afirmou o criminalista, sem fazer menção direta a Sergio Moro.
O presidente da Associação Brasileira de Rádio e TV (Abert), Daniel Slaviero é sem dúvida um sujeito inteligente, pois a burguesia escolhe bem os quadros que defendem seus interesses. O defeito de Slaviero, no entanto, é uma certa falta de convicção em suas afirmações, como se a voz que saí de sua boca viesse de outro lugar. Mas talvez seja apenas uma impressão.
O Intervozes foi à Argentina para entender o que mudou por lá com a lei que abalou o monopólio de comunicação no país. A Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual (Lei 26.522), conhecida popularmente como Ley de Medios (Lei dos Meios), foi aprovada na Argentina em 2009.
A mídia hegemônica brasileira trata as rebeliões em cidades americanas como tema secundário do noticiário internacional. Nesta quarta-feira (29) nenhum dos jornalões sequer dá uma chamada de capa para a continuidade dos protestos. O país símbolo do capitalismo está em crise desde 2008 e a enfrenta aumentando a exclusão social. Mas a conta está chegando. O economista americano, Paul Craig Roberts, publicou em 2015 um artigo com um título chamativo: “O futuro da América será a ruína”.