Durante visita ao Brasil, a alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos de Direitos Humanos, Navanethem Pillay, comentou a recente condenação brasileira, na OEA, no caso de uso de interceptações telefônicas ilegais em 1999 contra associações de trabalhadores rurais ligadas ao MST no Paraná. “O Brasil foi chamado a dar explicações por não oferecer proteção às organizações da sociedade civil e as leis internacionais demandam isso”, disse Pillay.
Historicamente, assim como foi a luta pelo sufrágio universal, pela garantia de direitos humanos fundamentais, em defesa dos direitos trabalhistas, a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução dos salários tem sido uma bandeira árdua para a classe trabalhadora. Desde a gênese do movimento operário, em meados do século XVIII, na Inglaterra, esta bandeira vem sendo empunhada e defendida por aqueles e aquelas que sobrevivem da venda de sua força de trabalho.
Por Vanderlei Martini*
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse que a denúncia de criminalização do movimento feita a Organização dos Estados Americanos (OEA) é um “alerta” para a comunidade internacional. “Aqui também sempre fizemos esse mesmo tipo de reclamação. Usar esse espaço internacional não para falar mal do Brasil ou do governo brasileiro, mas usar para luta pela democratização”, afirmou à Agência Brasil, após participar do 12º Congresso do PC do B.
O MST do Pará continua a luta contra a lentidão do processo de reforma agrária, pelo assentamento das duas mil famílias acampadas no estado e por obras de infra-estrutura nos assentamentos antigos. Nesta quinta-feira (5), mais de mil famílias chegaram ao acampamento na Curva do S, palco do Massacre de Eldorado dos Carajás, onde devem permanecer até dia 13, quando terminarem as negociações com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Em pronunciamento nesta quarta-feira (4/10), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a violência que ultimamente vem sendo atribuída ao MST não deve ser imputada aos integrantes da organização.
O integrante da coordenação nacional do MST, João Paulo Rodrigues, entregou ao diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia, e à representante permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU), embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo, uma denúncia sobre o processo de repressão e criminalização da luta dos trabalhadores rurais pela Reforma Agrária no país, em audiência em Genebra, nesta segunda-feira (02/11).
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi entrevistado na última sexta-feira (30) no programa 3 a 1, exibido pela TV Brasil. A entrevista, que vai ao ar no próximo dia 11, foi feita pelo âncora do programa, Luiz Carlos Azedo, pela jornalista do jornal Folha de S.Paulo Kátia Seabra, e pelo jornalista da revista Brasileiros Ricardo Kotscho.
"Querem desmoralizar quem faz luta social nesse país". A conclusão é do ativista e economista João Pedro Stédile, um dos fundadores e uma das mais representativas vozes, hoje, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao analisar a campanha difamatória perpetrada pela mídia e oposição brasileiras que colocou o MST no centro das discussões nacionais, e conseguiu a instalação de uma CPI contra a organização.
Quatro deputados federais que assinaram a CPMI do MST receberam doações da empresa que monopoliza o mercado de laranja do Brasil e acumula denúncias na Justiça.
Num gesto único na história brasileira, a Cutrale vai devolver as terras públicas que grilou para plantar laranja. Segundo uma pessoa que ocupa cargo decisivo, "mais importante que 7 mil pés de laranja derrubados, são as cem mil famílias de brasileiros que estão na beira das estradas". O único condicionante da empresa é que as terras sejam destinadas à reforma agrária, dando preferência às famílias que ocuparam o lugar dias atrás.
Por Roberto Malvezzi, Gogó*
O DEM escolheu na terça-feira (27) parlamentares ligados à bancada ruralista para integrar a CPI do Campo, também chamada de CPI do MST. Até aí tudo bem. Não se esperava outra atitude do partido mais direitista do país. O problema é que seus indicados são pra lá de suspeitos.
O campo ideológico das entidades que representam os proprietários de terra está unido em torno de um ponto: barrar a revisão dos índices de produtividade rural, mantendo os dados defasados do IBGE, que datam de 1975, como parâmetro para as desapropriações. A iniciativa é tão clara que só uma cobertura midiática enviesada pode ocultar sua real intenção: bloquear qualquer possibilidade de reforma agrária.
por Gilson Caroni Filho
para a Carta Maior