O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) lançou convite público para um ato em defesa da Reforma Agrária e do MST, contra a grilagem de terras públicas e contra a criminalização dos movimentos sociais. O ato é uma resposta aos ataques que o movimento vem sofrendo no parlamento e nos grandes veículos de comunicação, especialmente após a divulgação televisivade imgem de militante do MST passando com um trator sobre laranjais da empesa Cutrale em terras da União griladas.
Em novo manifesto de solidariedade, redigido após a série de ataques feita pela mídia e a oposição de direita contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), intelectuais e ativistas declaram apoio ao MST e convocam os setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um movimento contra a criminalização das lutas sociais. Veja, abaixo, a íntegra do documento:
Os governistas terão a ampla maioria na composição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar o repasse de recursos federais para organizações não governamentais que, segundo a oposição, seriam ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e que poderá também investigar questões ligadas ao agronegócio.
O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) quer agilizar o julgamento de processos decorrentes de conflitos agrários. Ele irá apresentar na próxima semana requerimento ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo ao órgão que faça um diagnóstico de cada um dos casos ocorridos no Maranhão, indicando em qual fase se encontram os inquéritos policiais protocolados no Poder Judiciário e as eventuais ações penais.
Os governistas tentaram repetir o “feito” do mês passado, quando convenceram aliados a retirar as assinaturas e a CPMI do MST foi arquivada. Desta vez, a oposição tinha guardado uma lista sobressalente, que foi apresentada às 23h59m desta quarta-feira (21) – último prazo para retirada dos nomes – e garantiu o funcionamento da Comissão. Os governistas agora vão fazer valer o direito de ocupar os cargos de comando e querem ampliar as investigações para as entidades patronais.
Depois de caminharem desde o dia 30 de setembro em direção à capital, os marchantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegaram na manhã desta quarta-feira (21/10) a Maceió para cobrar do governo do estado e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) as demandas de desapropriação e estruturação de assentamentos de todas as regiões do Estado.
Para evitar a repetição do caso da retirada de assinaturas do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a bancada ruralista procurou, desta vez, somente os parlamentares da oposição para assinar o requerimento. Mas ainda existem assinaturas de parlamentares da bancada governista.
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), reagiu com indignação ao pedido de mais uma CPI para investigar o MST. Para ele, as sucessivas tentativas da bancada ruralista não é dirigida apenas ao MST, mas à reforma agrária que se busca realizar no país. O deputado Marco Maia (PT-RS), que presidiu a sessão do Congresso Nacional, realizada nesta quarta-feira (21), leu o requerimento de criação da CPI mista do MST. “Essa é a defesa da propriedade e não da vida”, destacou o parlamentar.
Das 185 assinaturas de deputados que constam no requerimento para criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Campo protocolado nesta terça-feira (20), pela oposição, na Secretaria da Mesa do Congresso – 117 são de parlamentares que pertencem a partidos da oposição e 68 são de outros partidos, como o PMDB (22) e o PR (16), que integram a base de apoio ao governo, mas se enquadram no perfil de parlamentares da direita.
Por que não nos indignamos com a captura do patrimônio público que ocorre todos os dias em nosso país?
Há uma semana, duas queridas amigas disseram-me da sua indignação contra os invasores de uma fazenda e a destruição de pés de laranja. Uma delas perguntou-me antes de qualquer outra palavra: "E as laranjeiras?" – como se na pergunta tudo estivesse dito.
Mentor e principal dirigente do MST, o economista João Pedro Stédile reconhece que a destruição do laranjal, em uma fazenda no interior de São Paulo, “foi negativa” para o movimento e demonstra estar consciente de que a CPI que investigará os repasses de dinheiro público para a organização deve ser instalada, mas avisa que os sem-terra estão atentos e reagirão caso o governo se dobre à pressão dos ruralistas e não mexa na estrutura da propriedade da terra no Brasil.
De 21 a 24 de maio, o MST e Associação Nacional de Violeiros (ANVB) realizaram em Ribeirão Preto (SP) o 5º Encontro Nacional de Violeiros e Violeiras. Com o tema "Os Mestres e Mestras do Saber Popular", o encontro homenageou os grandes representantes das Folias de Reis, Cantadores, Cururu, Samba, Oralidade Popular, e outras categorias dentre as quais estão os mestres e mestras da luta Luís Beltrame (SP), Elizabete Teixeira (PB), João Eleotério (MT), entre muitos outros.