Mais de 600 trabalhadores rurais acampados e assentados de São Paulo participaram de um protesto na Avenida Paulista em defesa da permanência das 69 famílias do assentamento Milton Santos, que há sete anos se instalou em Americana, região de Campinas. Em marcha, na terça-feira (11), eles exigiam a retomada da reforma agrária.
Moradores do Assentamento Terra Vista, no município de Arataca, Bahia, lembram do tempo de exploração e da ocupação da fazenda, em 1992.
Os 500 trabalhadores rurais do MST saem na tarde desta quarta-feira (12) da superintendência estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em São Paulo, depois de uma reunião com o superintendente do órgão, Wellington Diniz.
Por Luiz Felipe Albuquerque, no site do MST
O MST ocupou a superintendência estadual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no começo da tarde desta terça-feira (11), em São Paulo (SP). O objetivo é cobrar medidas concretas do governo federal para impedir o despejo das famílias do assentamento Milton Santos, localizado em Americana, região de Campinas.
Cerca de 600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se concentram na Avenida Paulista para protestar contra a reintegração de posse do assentamento Milton Santos, onde 68 famílias vivem em Americana, região de Campinas (SP). Há sete anos as famílias produzem alimentos para municípios próximos. No entanto, uma decisão judicial ameaça a permanência na área.
O assentamento Milton Santos, com área pouco maior que 100 hectares e no qual vivem 68 famílias em Americana, na região de Campinas, no interior de São Paulo, corre risco de acabar.
O sol já se punha no horizonte quando, aos solavancos, arrancando terra da estrada poeirenta que a seca castigava há quase três meses, após uma curva, surgiu o asfalto. Meu pai, Carlos, parou o carro no acostamento, procurou um cigarro, apontou na direção da minha janela:
– Ali estão eles!
Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e o GDF decidiram migrar o acampamento da Fazenda Gama para as margens da DF-001, em Santa Maria.
As cerca de 400 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) acampadas há quase quatro meses na fazenda Gama Catetinho começaram uma desocupação pacífica da área nesta segunda-feira (3). A saída dos trabalhadores das terras que pertencem ao governo do Distrito Federal foi acordada, depois de uma reunião entre representantes do movimento social e da Ouvidoria Agrária Nacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Nesta quarta-feira (28), em Curitiba, um júri popular condenou dois acusados de participação no assassinato do trabalhador sem-terra Sebastião Camargo, em 1998, durante um despejo ilegal na cidade de Marilena, no Noroeste do Paraná. No entanto, para o deputado Valmir Assunção (PT-BA), a justiça ainda não está completa.
Confira o vídeo que mostra a produção e comercialização dos alimentos produzidos pelos assentados de Itapeva, interior de São Paulo, por meio da Cooperativa dos Assentados e Pequenos Agricultores da Região de Itapeva (Coapri). Cerca de 200 famílias de agricultores participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e recebem, por ano, R$ 4.500.Trinta e duas entidades são antendidas.
Passados 14 anos do assassinato do agricultor sem terra Sebastião Camargo Filho, em Marilena, região Noroeste do Paraná, o caso vai a júri popular no dia 27 de novembro, em Curitiba (PR). Entre os quatro acusados a serem julgados está o ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR) Marcos Menezes Prochet.