Nascida em 1979 na Favela da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, a vereadora Marielle Franco (PSol) construiu uma trajetória de luta por direitos humanos, feminismo e igualdade racial. Contrária à intervenção federal de militares no Rio, a socióloga foi assassinada a tiros em seu próprio carro na noite da última quarta-feira (14), após denunciar ações truculentas da Polícia Militar.
O Women and Girls (Mulheres e Meninas, em inglês) é uma plataforma de artigos referentes a população de pessoas do sexo e gênero feminino por todo o mundo, que faz parte do portal agregador News Deeply. No dia 5 de março de 2017 foi publicado um artigo detalhando a importante trajetória de luta de Marielle, sem imaginar que no mês do ano seguinte ela seria assassinada. O Portal Vermelho trás o artigo traduzido abaixo, para homenagear a grande mulher de luta que foi Marielle
A União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) e a União Brasileira de Mulheres (UBM) lamentaram o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Em nota, as entidades expressaram indignação e destacaram o genocídio e a violência contra a população negra.
“O Brasil acordou mais triste. O Rio de Janeiro acordou mais triste mas a sua morte é a nossa bandeira de luta. Nas comunidades, nas ruas, na luta sempre, Marielle Vive! Marielle Presente, Marielle Presente”, declarou emocionada Helena Piragibe, presidenta da União Brasileira de Mulheres do Rio de Janeiro (UBM-RJ). Helena participou dos atos que denunciaram nesta quinta-feira (15) o assassinato da vereador Marielle Franco (PSOL-RJ).
A Human Rights Watch, organização que apoia a defesa dos direitos humanos em todo o mundo, lamentou a morte da vereadora carioca e informou que clama por uma investigação rápida, rigorosa e imparcial do assassinato da vereadora Marielle Franco com a responsabilização de todos os envolvidos. O Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro também demonstrou indignação com o ocorrido.
A ex-secretária de Políticas para Mulheres do Rio de Janeiro Ana Rocha fez um discurso exaltado nesta quinta-feira (15) relembrando a vereadora Marielle Franco, assassinada nesta quarta-feira (14) na capital fluminense. Ana, que participa do Fórum Social Mundial em Salvador, afirmou que é preciso reagir. “É sinal que há algo de podre no Brasil”, enfatizou.
O clima da Cinelândia no Rio de Janeiro é de consternação e emoção. Dezenas de pessoas estão reunidas em frente ao prédio da Câmara Municipal, onde acontece o velório da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) na manhã desta quinta-feira (15).
De acordo com informações do portal de notícias G1, o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, informou que além da assessora, uma outra testemunha do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) – que aconteceu na noite desta quarta-feira (14) – foi identificada. A testemunha já foi ouvida na madrugada desta quinta-feira (15).
O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) na noite desta quarta-feira (14), provocou reações indignadas e muita tristeza. Parlamentares e lideranças políticas se manifestaram através das redes sociais. A vereadora, cuja atuação foi marcada pela defesa dos direitos humanos e contra abusos policiais, foi executada no centro do Rio de Janeiro depois de participar de uma roda de conversa denominada “Mulheres Negras Movendo Estruturas”. (assista vídeo abaixo)
Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma a cada 100 mulheres vai à Justiça contra violência doméstica no Brasil. Os registros no órgão aumentaram 16% em 2017, na comparação com 2016. Para Lucia Rincon, membro da coordenação nacional da União Brasileira das Mulheres (UBM), esse aumento reflete a tomada de consciência das mulheres, que é fruto das políticas públicas conquistadas nos últimos anos, mas que vêm sendo desmontadas pelo governo Michel Temer.
Por Verônica Lugarini
Os palácios presidenciais da América Latina ficam sem presidentas. Com a passagem do bastão de comando no Chile nesse domingo, que foi da socialista Michelle Bachelet a Sebastián Piñera, se encerra uma etapa com uma destacada representação na qual quatro mulheres chegaram a comandar seus países ao mesmo tempo na região.
Por Elvira Palomo, do El Pais
Passado o Dia Internacional da Mulher, continuam a programação e a luta feminina e feminista. Com a busca diária e constante de afirmação, seguem as atividades do mês de março dedicado às causas das mulheres. E uma dessas atividades propõe a celebração de aniversário de um ano do Coletivo Nós VOZ Elas aliando a reflexão crítica sobre as questões pertinentes ao gênero feminino, à arte e sua inserção na sociedade.