Para Juliana de Faria, da ONG Think Olga, foi um erro a divulgação sem contexto da carta do homem que matou 12 pessoas em Campinas. “A carta tem um cunho de manifesto. É terrorismo misógino.”
Chegamos ao final de 2016 com a sensação de que este era um ano que não ia acabar. Aliás, um ano avassalador como este, que desafiou toda a nossa história de lutas por um mundo menos desigual, deixa suas marcas em nossos corpos, em nossas mentes e em nossos corações. Mesmo aparentando eternizar-se… vai terminando e sabemos que suas mazelas serão superadas!
Lúcia Rincon*
Uma mulher foi assassinada. Eu não a conhecia, e sei que se chamava Débora pela notícia dos jornais, pequenas notas quase escondidas. Sei que uma mulher foi morta, mais uma, das que são assassinadas diariamente por esse Brasil afora. Quem se importa com mais essa morte? A quem essa morte faz doer?
Nos últimos dois dias – quarta e quinta-feira (14 e 15), aproximadamente 400 mulheres que participaram do seminário Mulheres no Poder: Diálogos sobre Empoderamento Político, Econômico e Social e Enfrentamento à Violência, realizado no Senado, trocaram informações sobre experiências desenvolvidas em diversos países no combate ao feminicídio. A necessidade de ampliação da representação feminisna nas instâncias de poder também foi tema de debate.
A impunidade é o principal motivo para que um homem pratique violência sexual contra uma mulher. É o que pensam 76% das mulheres e 67% dos homens ouvidos na pesquisa divulgada pelo Instituto Patrícia Galvão.
O combate à violência e a elaboração de uma proposta ao Congresso Nacional de agenda de interesse das mulheres estarão em debate no seminário Mulheres no Poder: Diálogos sobre Empoderamento Político, Econômico e Social e Enfrentamento à Violência, que será realizado nesta quarta (14) e quinta-feira (15), no auditório Petrônio Portella do Senado.
Ao escrever este artigo, à convite do Cladem, para a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a primeira pessoa que veio à mente foi a presidenta Dilma Roussef, única mulher na história brasileira a assumir a presidência da república e do qual foi apinhada, através de um golpe, que também subtraiu o voto dos brasileiros, a democracia e que, a cada dia, retira nossos direitos, inclusive das mulheres.
O Conselho Cearense dos Direitos da Mulher (CCDM) completou 30 anos de existência, intensificando o papel da mulher na agenda do governo estadual. Ao longo desse tempo, diversas mulheres doaram parte de suas vidas pela criação, estruturação e fortalecimento do órgão, bem como a emancipação da mulher no Estado.
A organização Não Governamental "Católicas pelo Direito de Decidir", que baseia-se na prática e teoria feministas para promover mudanças na sociedade, especialmente nos padrões culturais e religiosos, manifestou-se a respeito da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira (28) que, com três votos, optou pela absolvição de membros envolvidos em uma hipotética prática do aborto, no Rio de Janeiro.
O crescimento econômico do Brasil na última década não se refletiu em mais igualdade no mercado de trabalho. Com ou sem crise, as mulheres brasileiras continuam trabalhando mais – cinco horas a mais, em média – e recebendo menos.
O crescimento econômico do Brasil na última década não se refletiu em mais igualdade no mercado de trabalho. Com ou sem crise, as mulheres brasileiras continuam trabalhando mais – cinco horas a mais, em média – e recebendo menos.
Após três juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) opinarem favoravelmente sobre a prática do aborto até o terceiro mês de gestação, uma polêmica invadiu a sociedade. Contrários ao método argumentam que, por motivos religiosos, o aborto fere os princípios cristãos, mas não compreendem que o Estado deveria ser laico e oferecer o amparo às mulheres que, em uma situação extrema, precisam interromper a gravidez.
Por Laís Gouveia