Após publicação de pesquisa, revelando que dois em cada três jovens mortos no Brasil são negros, o senado vai criar um CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os assassinatos. O relator deve ser o autor do Estatuto da Igualdade Racial, o senador Paulo Paim (PT-RS).
O coordenador nacional da União de Negros Pela Igualdade (Unegro), Jerônimo Silva, comentou a pesquisa divulgada na última quinta-feira (17/10), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), sobre o racismo no Brasil. Os dados levantados, que apontaram uma expectativa de vida superior para o branco no país, não causaram nenhuma surpresa para Jerônimo: “Sempre afirmamos isso”
Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre racismo no Brasil, divulgado nesta quinta-feira (17), revela que a chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior do que um branco. Segundo o estudo, existe racismo institucional no país, expresso principalmente nas ações da polícia, mas que reflete “o desvio comportamental presente em diversos outros grupos, inclusive aqueles de origem dos seus membros”.
As imagens da Polícia Militar espancando os jovens da classe média em seu cívico direito de ocupar as ruas e praças têm causado indignação e horror. Nada tem sido mais pertubador do que ver nos jornais pessoas ensanguentadas, correndo sob balas, jatos de pimenta no rosto, ou sendo varridas das ruas a pauladas.
Por Jaime Amparo Alves*, na Carta Capital
Elogio racista é toda demonstração de admiração, afetividade ou carinho que se concretiza por meio de ideias ou expressões próprias ao racismo. Com ou sem a intenção de, que fique bem claro. Um dos mais conhecidos é o famoso "negro de alma branca” que nossos antepassados tanto ouviram. Mas não são apenas nossos homens que conhecem muito bem os elogios racistas.
Por Charô Nunes*, para as Blogueiras Negras
Há exatamente 50 anos, em 28 de agosto de 1963, Martin Luther King Jr. deu o seu famoso discurso, juntamente com John Lewis, A. Philip Randolph, Bayard Rustin e outros líderes de defesa dos direitos civis, na "Marcha em Washingon por Trabalho e Liberdade". Embora alguns lembrem este dia com referências ao primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, outros criticam a falta de avanços significativos durante o seu mandato.
Mesmo nas regiões mais ricas da cidade de São Paulo, a população negra soma menos anos de estudo se comparada à branca e à amarela, aponta o estudo Educação e Desigualdades na Cidade de São Paulo, lançado nesta semana pela organização não governamental Ação Educativa.
O "Juventude Viva", programa nacional de prevenção à violência contra jovens negros, chegará ao Distrito Federal e municípios da Região Metropolitana no início do próximo mês, conforme ficou definido ontem em reunião entre o GDF e representantes do governo federal.
Com sessão solene na Câmara dos Deputados, na manhã desta segunda-feira (19), foi dado início as comemorações dos 25 anos da Fundação Palmares. Em todos os discursos, os oradores lembraram a luta do líder negro Zumbi dos Palmares e a contribuição que a Fundação Palmares tem dado na luta contra o preconceito e pela promoção da igualdade racial no Brasil.
Salvador será a primeira capital brasileira a receber a programação Palmares 25 Anos, que celebra o aniversário da Fundação Cultural Palmares. A 1ª Mostra de Documentários Palmares.Doc vai apresentar, nos dias 14, 23 e 27 de agosto, películas que retratam a arte, a cultura e a religiosidade afrobrasileira.
A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse nesta terça-feira (13) que a sociedade não pode tratar com naturalidade o grande número de mortes de jovens negros no país. Dados publicados pela Agência Brasil em julho deste ano mostram que de 2006 a 2011 a taxa de homicídios de negros aumentou 9%, ao mesmo tempo em que a taxa entre os brancos caiu 13%.
A última pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com base nos dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, sobre o Mapa da Violência de jovens em 2013, revela dados alarmantes.
Por Osvaldo Lemos, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Juventude de São Paulo*