Herança da longa escravidão, parece que os negros são os que mais morrem nessa pandemia, pois são a classe mais empobrecida
A luta contra o racismo é, no presente, a luta para dar consequência material e completar a lei com um só parágrafo assinada pela princesa Isabel em 13 de maio de 1888
Pretos e pardos representam um em cada quatro hospitalizados por Covid-19, mas um em cada três mortos
“As declarações do tal Sérgio Nascimento o perfilam ao lado dos capitães do mato, agridem a história, desdenham a atrocidade que foi o escravismo em nosso país, com repercussões negativas até hoje. Mais um celerado nesse antro comandado pelos Bolsonaros”. Foi assim que o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA) classificou, nesta quinta-feira (28) a nomeação do novo presidente da Fundação Cultural Palmares pela Secretaria de Cultura do Governo Federal.
O escravismo no Brasil e o colonialismo na África usaram, como estratégia de dominação, fragmentar as populações negras, tanto por etnias e linhagens quanto por categorias sociais. “Dividir para dominar” era a regra. Que, embora verbalizada no sentido contrário, ecoou na atualidade brasileira em setembro último, quando o titular do Ministério da Educação afirmou que no Brasil “não existe povo negro”, e sim “brasileiros de pele escura”.
Por Nei Lopes*
Graças às políticas educacionais de inclusão dos governos Lula e Dilma (2003-2016), estudantes pretos e pardos – que compõem a população negra – se tornam, pela primeira vez, maioria no ensino superior público. Conforme o informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, os negros representavam 50,3% dos alunos de faculdades e universidades públicas em 2018. Apesar de responderem por 55,8% dos brasileiros, é a primeira vez que pretos e pardos dominam as matrículas dessas instituições.
Em homenagem ao Dia da Criança, no último sábado, o Correio Braziliense publicou fotos de 27 crianças sob o título “Elas são o futuro do Brasil”. Todas elas eram brancas. Após protestos de leitores, o jornal veio a público pedir desculpas. Recorrendo à ideia de um país miscigenado, reconheceu o erro como “gravíssimo”.
Por Flavia Lima*
Hubert Harrison foi um dos primeiros socialistas negros nos EUA, um forte defensor da igualdade racial e um pioneiro da análise de como os capitalistas usam o racismo para dividir a classe trabalhadora. Ele merece ser lembrado.
Por Paul Heideman*
Uma campanha da Faculdade Zumbi dos Palmares propõe uma reparação história a respeito de um dos mais importantes nomes da literatura brasileira.
Josélia e Mickaela administram um perfil que divulga o trabalho de pessoas negras no Ceará, que já passa de 4.000 seguidores.
Em mais um ato de censura, o presidente Jair Bolsonaro mandou retirar do ar uma campanha publicitária do Banco do Brasil estrelada por atores e atrizes negros e jovens tatuados usando anéis e cabelos compridos, segundo informa o jornalista Lauro Jardim, em seu blog de O Globo.
Embora não tenha sido o primeiro a contar com jogadores negros, time se tornou símbolo de luta contra o racismo depois da 'Resposta Histórica' redigida há 95 anos.
Por Breiller Pires, no El Pais