O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), afirmou estar disposto a voltar à mesa de diálogos para encontrar uma saída pacífica e negociada para a grave crise social em que se encontra seu país.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, saiu em defesa do governo da Nicarágua nesta quarta-feira (25) e esta onda de desestabilização que assola o país desde abril trata-se de uma tentativa dos Estados Unidos de tentar um novo golpe de Estado no continente, desta vez contra Daniel Ortega.
Em seu Discurso de Angostura, Simón Bolívar afirmou que “um povo ignorante é instrumento cego de sua própria destruição”, uma vez que adotam ilusões como realidade, confundem “a traição pelo patriotismo; a vingança pela justiça”. Quase duzentos anos depois, essa análise segue talvez mais atual do que nunca. A enxurrada de informações com que somos bombardeados diariamente tem levado a um fenômeno absolutamente pernicioso: o maniqueísmo analítico.
Por Aline Piva
A estudante de medicina Rayneia Gabrielle da Costa Lima Rocha, de 29 anos, foi morta a tiros na noite desta segunda-feira (23), em Manágua, na Nicarágua. Diferente do que se especula na imprensa hegemônica, ela não participava de manifestações contra ou a favor do governo de Daniel Ortega e, segundo a Policia Nacional do país, que investiga o caso, ela foi morta a tiros por um guarda de vigilância privada.
Atual crise na Nicarágua tem chamado atenção da imprensa brasileira e latino-americana. Tendo em vista as comemorações do aniversário número 39 do Triunfo na Revolução Sandinista parece importante chamar atenção para alguns elementos que compõem o debate em torno da situação nicaraguense.
Por Mateus Fiorentini*
A dolorosa conjuntura atual na Nicarágua tem provocado uma verdadeira enxurrada de críticas precipitadas. A direita imperial e seus epígonos na América Latina e no Caribe redobraram sua ofensiva com um único e exclusivo objetivo: criar o clima de opinião que permita derrubar sem protestos internacionais o governo de Daniel Ortega, eleito há menos de dois anos (novembro de 2016) com 72% dos votos.
Por Atílio Boron*
O governo da Nicarágua manifestou seu “mais enérgico protesto” pelas “declarações tendenciosas” do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que criticou a lei de terrorismo aprovada pelo parlamento do país.
Começou nesta sexta-feira (13), em Manágua, capital da Nicarágua, uma grande marcha rumo a Masaya, para comemorar os 39 anos do triunfo da revolução sandinista e exigir o fim das manifestações violentas que já deixaram dezenas de pessoas mortas.
"Da mesma maneira como as notícias fabricadas sobre uma “ditadura” desumana na Nicarágua espalharam-se como rastilho de pólvora (convencendo até parte da imprensa “crítica”), por outro lado as máscaras começam, também, a cair rapidamente".
Por Rita Coitinho*
Se pensamos na Nicarágua de três meses atrás, e como está agora, não parece que estamos falando do mesmo lugar. Quando Daniel Ortega foi reeleito no final de 2016 com quase 72% de votos, o país tinha um dos melhores quadros de crescimento e desenvolvimento de bem-estar social do continente. Mas desde abril, quando começou uma onda de manifestações contra a reforma trabalhista proposta pelo presidente, o cenário mudou completamente. Não parece espontâneo, muito menos à toa.
Por Mariana Serafini
O que ocorre hoje na nação centro-americana é um movimento organizado, financiado e instigado desde os Estados Unidos.
Por Francisco Arias Fernández, no Granma
Tranques, incêndios, destruição de estradas e instituições públicas têm sido algumas das consequências geradas pela violência promovida por grupos associados à direita na Nicarágua