As Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular promovem em conjunto nesta sexta-feira (11) o Dia Nacional de Paralisações e Greve, em diversas cidades do país. Trabalhadores, estudantes e entidades dos movimentos sociais começaram, já na madrugada, a ocupar vias, escolas universidades, manifestando-se contra o pacote do governo Temer que retira direitos sociais históricos e congela investimentos estratégicos nas áreas da saúde e educação.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, rebateu as declarações do presidente Michel Temer (PMDB-SP) sobre os estudantes que ocupam mais de 800 escolas e 170 universidades: Segundo o ilegítimo, os secundaristas contrários à reforma do ensino médio e a limitação do gasto público fazem críticas sem sequer saber o que é uma PEC.
O poder roubado subiu à cabeça de Michel Temer, o “presidente” sem voto e sem legitimidade. A cada dia ele está mais arrogante e truculento. Nesta semana, diante da ocupação de centenas de escolas e faculdades em todo o país, ele resolveu desqualificar a revolta juvenil contra a Proposta de Emenda Constitucional que congela por 20 anos os gastos na educação.
Por Altamiro Borges
Na tarde de ontem (08/11), os estudantes do curso de Relações Internacionais decidiram em assembleia, com mais de 170 alunos presentes, pela ocupação sem paralisação das atividades do Centro Socioeconômico, da UFSC, contra a antiga PEC 241, atual PEC 55.
Em discurso no Plenário da Câmara, na noite desta terça-feira (8), a líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), criticou as medidas apresentadas pelo presidente ilegítimo Michel Temer para apreciação no Congresso e as ações autoritárias e violentas contras os estudantes nas manifestações contrárias às medidas golpistas. “É inaceitável! Eu quero registrar a nossa indignação, o nosso protesto e a nossa denúncia de forma amplificada no microfone desta tribuna”, discursou a deputada.
Nesta sexta-feira (11) diversas entidades do movimento sindical, estudantil e juvenil sairão às ruas promovendo uma série de manifestações e paralisações, denunciando o pacote do Governo Temer, que retira conquistas sociais históricas e precariza áreas estratégicas, como a saúde e educação. A proposta é intensificar a adesão popular para uma futura greve geral.
Depois de dar um golpe contra a democracia ao articular o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Michel Temer (PMDB) resolveu pedir “respeito às instituições” ao defender a medida provisória da reforma do Ensino Médio e criticar as ocupações feitas por estudantes de todo o país. A afirmação foi feita nesta terça-feira (8), durante a abertura do seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Brasil, promovido pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pelo jornal Valor Econômico.
Apesar do Ministro da Educação do governo Temer, Mendonça Filho (DEM,-PE) afirmar que irá multar entidades dos movimentos sociais por influenciar as ocupações que lutam contra a Reforma do Ensino Médio e a PEC 55, os estudantes não se intimidam e ocupam cada vez mais universidades. Nesta quarta-feira, segundo informações da União Nacional dos Estudantes (UNE), já são 171 instituições de Ensino superior ocupadas.
“A defesa da democracia se impõe como a luta central diante da onda de agressão e intimidação que atinge o país. Nossa liberdade está sendo violentada. Se hoje são estudantes, trabalhadores rurais e ativistas sociais, amanhã serão todos os demais segmentos sociais, pois, quando não se reage ao arbítrio em algum momento, todos nós seremos vítimas dele.”
As entidades estudantis rejeitaram o anúncio do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), nesta segunda-feira (7), de que processará a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União da Juventude Socialista (UJS) para que paguem as despeas pela realização de uma nova etapa do Enem. Mendonça quer que as entidades paguem R$ 15 milhões por estimularem as ocupações de escolas e universidades.
Por Laís Gouveia
Foi realizada no final da tarde desta segunda-feira (7) uma assembleia de estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPa) em Belém (PA) que decidiu pela ocupação da instituição contra a Proposta de Emenda Constitucional 241, agora PEC 55, do governo de Michel Temer e outras medidas de precarização da educação como a Medida Provisória de reforma do Ensino Médio. Segundo informações das redes sociais, os estudantes haviam ocupado a reitoria da universidade.
Três ocupações simultâneas comandadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocorreram na madrugada deste sábado (5), envolvendo aproximadamente 2 mil pessoas em um terreno na Cidade Tiradentes, na zona leste, outro no Capão Redondo, na zona sul, e um terceiro em Embu das Artes, Região Metropolitana de São Paulo.