Crítico dos vazamentos de delações à grande mídia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu deixar o campo das ideias e propôs, nesta terça-feira (13), que a Corte discuta o vazamento dos acordos de delação premiada de investigados na Operação Lava Jato.
"O delegado Márcio Anselmo e a Operação Lava-Jato, perderam hoje qualquer pudor ou senso de ridículo", diz o trecho da nota divulgada pelo Instituto Lula, sobre a decisão do delegado da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e outras quatro pessoas, entre os quais op advogado do ex-presidente Roberto Teixeira na Operação Lava Jato.
A visita irregular de Janot e sua equipe a Washington. Os encontros do procurador com advogados da indústria nuclear dos EUA. A estratégia norte-americana de parceria com Judiciários e MPs submissos
Por Luís Nassif, no Jornal GGN
Os vazamentos relacionados à delação da Odebrecht envolvendo Temer e seus ministros provocaram a ira do governo. A palavra de ordem voltou a ser estancar. Em reunião de emergência, o ministro da Justiça, o tucano Alexandre de Moraes, se encontrou com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta segunda-feira (12), na sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
Apesar de clara intenção da mira do depoimento de Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, ser a cúpula do PMDB e do governo Michel Temer, sendo apenas o presidente citado 43 vezes nas 82 páginas de delação à Lava Jato, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não conseguiu sair ileso do primeiro dos 77 delatores da empreiteira na investigação.
O plano, segundo disse Romero Jucá (PMDB-RR) em gravação, era estancar a Lava Jato, mas “deu ruim” e está em curso um golpe dentro do golpe. Desde que se apoderou do governo, este certamente foi o fim de semana mais tenso de Michel Temer (PMDB). O motivo foi mais um vazamento exclusivo da Lava Jato para a revista Veja, com a suposta delação premiada do executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, que disse ter repassado R$ 10 milhões a José Yunes, conselheiro amigo de Temer há 40 anos.
Secretaria do MPF responsável pelos acordos de cooperação internacional admite ao GGN que não participa das "negociações" entre a força-tarefa de Curitiba e oficiais estadunidenses. Defensor de Lula, Cristiano Zanin suspeita que irregularidades vão além de acordos de cooperação internacional secretos.
Por Cíntia Alves
A Operação Lava Jato, dentro de um contexto social e político honesto, teria sido um presente para o Brasil. Acho que ninguém discorda de que, um dia, seria necessário acabar com a cultura da corrupção que sempre ligou empreiteiros e políticos brasileiros.
Por Leandro Fortes*
"Com ou sem Dilma, para nós não muda nada”, disse o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, em agosto deste ano, antes da votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff pelo Senado. Agora, o “tanto faz” de Dallagnol mudou. Em coletiva de imprensa, o procurador da força-tarefa da Lava Jato disse que o Dilma fez mais pelo combate à corrupção.
Na tarde desta quinta-feira (1), a Odebrecht começou a assinar, em Curitiba, o acordo de leniência com os procuradores da Lava Jato. A empreiteira se compromete a pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões em 20 anos. O dinheiro será dividido entre o Brasil, que ficará com a maioria do montante, Estados Unidos e Suíça.
Os reservatórios de petróleo descobertos só se transformam em riqueza se condições de superfície forem desenvolvidas de forma a possibilitar a apropriação pela sociedade da renda potencialmente gerada pela exploração dos recursos. Caso contrário, a apropriação da renda petroleira beneficia apenas uma minoria.
Por Sérgio Gabrielli*
O juiz federal Sergio Moro pediu uma licença acadêmica na Universidade Federal do Paraná, na cidade de Curitiba, para passar um ano nos Estados Unidos.