O delegado da Polícia Federal Marcio Anselmo, um dos principais investigadores da Operação Lava Jato, disse nesta terça-feira (18) em audiência pública na Câmara dos Deputados ser contra a proposta do Ministério Público Federal (MPF) que prevê a possibilidade de validação de provas ilícitas, contanto que obtidas de boa-fé.
Nesta terça-feira (18), Michel Temer (PMDB) reclamou das denúncias contra seu governo durante visita ao Japão, e disse que não pode ser paralisado a cada denúncia de corrupção envolvendo nomes da sua cúpula.
Em entrevista concedida à revista CartaCapital, o ex-ministro da Justiça e procurador da República Eugênio Aragão critica o impacto negativo da Lava Jato sobre a economia. Com larga experiência no exterior, ele diz que outros países, longe da sanha moralista que se vê no Brasil, conseguem combater a corrupção empresarial e governamental sem destruir as grandes empresas.
Ator que deu vida a personagens emblemáticos como Capitão Nascimento, e mais recentemente a Pablo Escobar, Wagner Moura foi convidado pelo parceiro José Padilha para interpretar o juiz Sérgio Moro na série que a Netflix está preparando sobre a operação Lava Jato.
A maior operação midiática, judicial, policial, que o Brasil ja conheceu, de caráter totalitário, de manipulação, contra o Lula e o PT, o que visa é esconder a monstruosa destruição do Brasil como país e sua redução às estreitas margens do mercado.
Por Emir Sader*, no Brasil 247
Gianni Barbacetto, um dos autores de Operação Mãos Limpas – A verdade sobre a operação italiana que inspirou a Lava-Jato, em entrevista ao jornal Zero Hora publicado neste sábado (15), disse que existem muitas diferenças entre a Operação Mãos Limpas, na Itália, e a Lava Jato, no Brasil, uma delas é a seletividade das investigações.
Em momento em que o governo Michel Temer tenta atrair investidores estrangeiros a empresas brasileiras como um dos pés para sair da crise econômica, a força-tarefa da Operação Lava Jato passou a preocupar-se com as indenizações impostas a grandes grupos econômicos nacionais investigados no esquema da Petrobras e tornou-se, agora, um dos porta-vozes do governo na negociação com o Tribunal de Contas da União (TCU) para amenizar as contas devidas de empreiteiras e empresas alvos ao Estado.
Pelo menos seis vezes a grande mídia lançou luz, ainda que timidamente, sobre delações premiadas que inocentam Lula dos crimes apontados pelos procuradores da Lava Jato. Na maior parte delas, há registro de ameaças de suspensão das negociações porque os investigados não estavam dançando conforme a música – na contramão da tese de que as confissões feitas à força-tarefa são todas espontâneas.
Por Cintia Alves, no GGN
A Operação Lava Jato deu mais uma demonstração de seletividade. A proposta de acordo de delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, um dos executivos da empreiteira, foi negada pelos procuradores de Curitiba. Motivo? Não incriminam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar da delação premiada de Nestor Cerveró apontar desde o ano passado que o esquema de propina existia desde o governo de FHC, somente agora a Polícia Federal decidiu abrir um inquérito para investigar. A Operação Lava Jato disse que vai apurar um suposto esquema de corrupção na compra de termoelétricas pela Petrobras, no período de 1999 a 2001, sobre a aquisição envolvendo as empresas Alsotm/GE e NRG.
Não se trata de delações feitas sob a pressão do encarceramento, mas de momentos de sinceridade, em que a direita confessa o caráter da sua ação. Seleciono quatro, todas muito significativas para esclarecer o momento que o país está vivendo.
Por Emir Sader*, no Brasil 247
A Polícia Federal (PF) tem defendido, enquanto ninguém está vendo, o fim dos acordos de delação premiada nas investigações da Operação Lava Jato. Segundo delegados federais da PF, no Paraná, confidenciaram a repórteres, o “material recolhido” já seria suficiente para encerrar as investigações. Principalmente, agora que o presidente de facto, Michel Temer, tem sido apontado como beneficiário do esquema fraudulento.