Na semana passada, a comissão de impeachment no Senado negou a inclusão da conversa gravada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, com senador Romero Jucá (PMDB-RR), na defesa da presidenta Dilma Rousseff. O áudio mais completo disponível na internet tem nove minutos de duração.
Por Marcelo Zelic*, no Viomundo
Depois de ficar meses à margem das investigações da Lava Jato, apesar de ser citado por váriso delatores, o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG) demonstra preocupação com as investigações. Quando as ações diziam respeito à lideranças do PT, Aécio queria a apuração e prisão.
Acostumado a fazer negociatas para saquear os cofres públicos chegando a admitir em delação ter recebido mais de meio bilhão, isso mesmo, meio bilhão em propinas desde o governo do tucano, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró é colocado como vítima pela grande imprensa para lançar ilações contra a presidenta Dilma Rousseff, na semana em que se discute a celeridade do processo de impeachment.
Por Dayane Santos
Diferentemente do que o consórcio da direita propaga aos quatro ventos por meio da mídia, a delação premiada do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró apontou que o pagamento de pelo menos R$ 564,1 milhões em propina envolvendo negócios da estatal e de uma de suas subsidiárias, a BR Distribuidora foram adquiridos durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo desta segunda-feira (6).
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro do Turismo do gabinete provisório de Michel Temer (PMDB), Henrique Eduardo Alves, atuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS.
Gravações obtidas pela Polícia Federal de uma sistema câmeras de segurança comprovaria uma reunião entre o então presidente do PSDB e senador Sérgio Guerra (PE), o diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e empreiteiros para paralisar a CPI da Petrobras, em 2009. A informação foi publicada na Folha de S. Paulo deste domingo (5).
Enquanto manipula a delação para tentar insuflar golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, a imprensa deu pouco destaque ao trecho do depoimento de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, que cita um esquema feito durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardozo.
O vazamento das conversas gravadas por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e apontado como operador do PMDB no esquema de propina da Petrobras, escancarou o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Com isso, os golpistas perderam a força para aprovar o impeachment no Senado. Para tentar reverter esse quadro, o consórcio da direita, que inclui a mídia, lança mão de mais factoide e requenta a delação de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras.
Por Dayane Santos
Apesar do governo provisório de Michel Temer (PMDB) ter formado o seu gabinete com sete ministros investigados pela Lava Jato, sendo que um deles foi flagrado em conversa articulando o impeachment para barrar as investigações, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela em Curitiba, disse nesta quarta-feira (1º de junho) acreditar que Temer não interfira no andamento da operação.
Por Dayane Santos
Depois de ser citado por cinco delatores em mais de um ano de investigação da Lava Jato, sem nenhum sinal de que seria ao menos investigado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, resolveu mostrar serviço e minimizar esse escândalo ao pedir nesta quarta-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o prosseguimento da investigação do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB.
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), por meio de nota criticam a censura que atinge um direito constitucional dos brasileiros de terem acesso à livre informação e manifestaram solidariedade ao jornalista Marcelo Auler, que está sendo vítima de censura por parte da Justiça do Paraná, em razão das matérias que fez sobre os delegados envolvidos na Operação Lava Jato.
Há muito tempo temos apontado que parte dos investigadores da Operação Lava Jato, que tem o juiz Sérgio Moro como responsável, usa da premissa de primeiro apontar o criminoso e depois definir o crime que ele cometeu. Outra denúncia feita por diversos juristas, inclusive do Supremo Tribunal Federal, diz respeito ao abuso das prisões preventivas como forma de promover delações.
Por Dayane Santos