Chegou o momento em que a comunidade internacional, representada pelo Conselho de Segurança da ONU, vai anunciar seu veredicto e pôr fim a seis décadas de violência na Palestina histórica, entre Israel e o povo palestino. Entre o Golias e o Davi contemporâneos.
Por Ibrahim M. K. Alzeben*, em Folha de S. Paulo
Dividida diante de pressões de Israel e Estados Unidos, a União Europeia (UE) continua indecisa em adotar uma posição comum sobre o reconhecimento de um Estado palestino independente com plenos direitos nas Nações Unidas.
Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina chegou a Nova York nesta segunda-feira (19) para participar da Assembleia Geral da ONU, que se inicia na próxima quarta-feira (21), quando submeterá na próxima sexta-feira (23) à organização o pedido pelo reconhecimento do Estado palestino.
O projeto palestino para obter o reconhecimento de Estado nas Nações Unidas tem forte apoio popular ao redor do mundo, demonstrou uma pesquisa de opinião publicada pela BBC nesta segunda-feira (19).
Um dia antes de começar as reuniões anuais de alto nível nas Nações Unidas, a crise no Oriente Médio foi guindada ao primeiro plano das atenções com uma reunião do chamado Quarteto para essa região.
Cerca de 300 mulheres israelenses e palestinas fizeram uma manifestação neste sábado (17)no posto de controle militar de Kalandia, na Cisjordânia, para expressar seu apoio à aprovação da Palestina como Estado-membro da ONU.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, confirmou nesta sexta-feira (16) que vai pedir à Assembleia Geral da ONU o reconhecimento de um Estado palestino como membro pleno das Nações Unidas.
O Exército israelense aumentou o nível de alerta militar e mobilizou unidades de reserva para reforçar suas tropas de ocupação na Cisjordânia, sob o pretexto de enfrentar “possíveis revoltas palestinas” na próxima semana após o pedido de reconhecimento à ONU.
Representantes palestinos apresentarão ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, um pedido de entrada na ONU como membro de pleno direito no dia 23 de setembro, informou nesta quinta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Riad Al Maliki.
Uma semana antes do discurso do presidente palestino, Mahmud Abbas, na Organização das Nações Unidas (ONU), no qual deverá pedir o reconhecimento internacional do Estado palestino, as forças de ocupação israelenses e as forças de segurança da Autoridade Palestina se preparam, cada uma a seu modo.
Nesta quarta-feira (14), durante audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a deputada Manuela D`Ávila (PCdoB-RS) entregou ao embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben, uma moção de apoio à integração da região à Organização das Nações Unidas (ONU) e de solidariedade ao povo palestino.
Uma bandeira gigante da Palestina está desde dia 12 exposta junto à sede das instituições europeias em Bruxelas, para pressionar a União Europeia a reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia-geral da ONU que começou na terça-feira (13) em Nova Iorque.