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União Europeia continua dividida em voto sobre a Palestina

Dividida diante de pressões de Israel e Estados Unidos, a União Europeia (UE) continua indecisa em adotar uma posição comum sobre o reconhecimento de um Estado palestino independente com plenos direitos nas Nações Unidas.

O bloco dos 27 continua fragmentado pelas potências (Alemanha, França e Reino Unido, principalmente) que consideram prematura a demanda da Autoridade Nacional Palestina (ANP), em face do fustigamento e dos interesses expansionistas de Israel.

Dentro da União Europeia rechaçam em princípio o reconhecimento da Palestina Alemanha, Itália e Polônia, com posições abertamente recalcitrantes, seguidas de Holanda e República Tcheca.

A favor da causa palestina pronunciaram-se Espanha, Bélgica, Irlanda, Portugal e Suécia, enquanto França e Reino Unido parecem tender à abstenção.

A Alta Representante de política exterior da UE, Catherine Ashton, evitou submeter a debate a demanda palestina nas reuniões celebradas em julho e optou por concentrar suas gestões nas últimas semanas a favor de uma volta das negociações entre israelenses e palestinos.
Ashton animou no último fim de semana os contatos do denominado quarteto de mediadores internacionais para o Oriente Médio (Estados Unidos, UE, ONU e Rússia), a fim de acelerar a volta ao diálogo, manobra interpretada por alguns meios europeus como uma tentativa de bloquear a votação do caso palestino na ONU.

Designado como enviado especial dentro do quarteto, o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair centrou suas preocupações nas consequências que teria o reconhecimento do Estado palestino para a estabilidade entre palestinos e israelenses, disse.

A secretária norte-americana de Estado Hillary Clinton confirmou um encontro com Ashton, celebrado neste domingo "para falar sobre o caminho a seguir", enquanto osEstados Unidos desencadeiam uma intensa ofensiva diplomática para conformar um bloco de sete países no Conselho de Segurança e impedir assim a admissão da Palestina nas Nações Unidas.

Fontes israelenses, citadas pela imprensa, asseguram que tal estratégia evitaria o anunciado veto de Washington à solicitação do presidente da ANP, Mahmud Abbas, a qual requer ao menos o respaldo de nove membros, entre permanentes e rotativos.

Prensa Latina