Flexibilização do marco regulatório envolverá a diminuição do protagonismo da Petrobras e revisão drástica da política de conteúdo local.
Por Giorgio Romano Schutte
Em entrevista à Globonews, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que o esquema de corrupção na empresa foi praticado por "uma minúscula minoria de funcionários e executivos".
O governo interino deverá radicalizar as mudanças já em curso na Petrobras, no sentido de abandonar a política de conteúdo nacional e reduzir seu peso nas operações, em um contexto de transferência de atividades ao capital externo e presença predominante de representantes do mercado financeiro no Conselho de Administração.
Por Vitor Nuzzi
Diante das ameaças de desmonte do Estado brasileiro pelo presidente ilegítimo Michel Temer, deputados, sindicalistas e movimentos sociais realizaram, na tarde desta terça-feira (14), Ato em Defesa da Petrobras e do Pré-Sal. Os manifestantes reuniram-se no gramado em frente ao Congresso Nacional, depois que foram impedidos de entrar nas dependências da Câmara que queria evitar manifestações durante a sessão de cassação do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciou que a categoria irá cruzar os braços por 24 horas, na próxima sexta-feira (10), contra a entrega do pré-sal e a privatização da Petrobras. “A venda de ativos será intensificada por Pedro Parente, que chegou avisando que entregará às multinacionais os bilhões de barris de petróleo do pré-sal a que a Petrobrás tem direito”, diz a FUP em texto publicado em seu site.
O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, tem pelo menos um esqueleto no armário do “petrolão” tucano ainda escondido. É réu em ação popular civil desde 2001, em plena era FHC, junto com vários outros diretores e conselheiros da Petrobras, entre eles a nova presidenta do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques.
Por Helena Sthephanowitz
Gravações obtidas pela Polícia Federal de uma sistema câmeras de segurança comprovaria uma reunião entre o então presidente do PSDB e senador Sérgio Guerra (PE), o diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e empreiteiros para paralisar a CPI da Petrobras, em 2009. A informação foi publicada na Folha de S. Paulo deste domingo (5).
A Petrobras informou que a produção de petróleo operada pela companhia no pré-sal brasileiro alcançou, no último dia 8 de maio, um novo recorde, ao superar o patamar de 1 milhão de barris por dia. A notícia chega no momento em que o governo provisório de Michel Temer deixa claro que pretende abrir a exploração desses campos para empresas estrangeiras, flexibilizando a lei que estabelece a estatal brasileira como operadora única dos campos de pré-sal, com uma participação de pelo menos 30%.
“O Brasil tem um potencial enorme para se desenvolver e atender às necessidades de seu povo. A Petrobras pode contribuir e muito para isso, mas precisa continuar como uma ferramenta de Estado e de governo, afinal, num país em desenvolvimento é o Estado conduz, com soberania, o desenvolvimento nacional", diz o geólogo Guilherme Estrella.
Em seu primeiro discurso no posto, o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, defendeu mudanças da legislação do pré-sal, que hoje determina uma participação mínima de 30% da estatal na exploração desses campos. Em mais um símbolo de como deverá conduzir a petroleira, ele anunciou a venda de ativos da companhia.
O interino Michel Temer deu posse ao novo presidente da Petrobras, Pedro Parente.
O interino Michel Temer deu posse ao novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, nesta quarta-feira (1). Nome de confiança de Fernando Henrique Cardoso, Parente ficou marcado como o “ministro do apagão” na gestão tucana.