Em Brasília, especialistas convidados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência do Senado criticaram a PEC 287, proposta pelo governo de Michel Temer, que trata do tema. Segundo eles, o governo maquia dados para justificar a retirada de direitos dos trabalhadores.
O “capitalismo” brasileiro, secularmente arcaico, não engole sequer alguns princípios elementares da social-democracia.
Por Eduardo Fagnani*
As maldades da reforma da Previdência proposta pelo governo Temer e a adesão “vergonhosa” dos grandes meios de comunicação ao desmonte da aposentadoria foram temas de seminário realizado em São Paulo, na sexta-feira (24). Economistas, jornalistas e ativistas discutiram as minúcias da PEC 287 e como os meios sindicais, alternativos e populares devem abordar a pauta.
Por Felipe Bianchi
Diante da notícia publicada pelo jornal Folha de São Paulo neste sábado, 25, com insinuações sem fonte de que quatro centrais sindicais estariam negociando com o governo golpista um abrandamento da oposição às contrarreformas trabalhista e previdenciária em troca de “ajuda do governo para retomar a cobrança da contribuição assistencial”, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vem a público esclarecer que:
Depois de deixar de fora da reforma da Previdência os militares, o governo Michel Temer decidiu retirar do projeto também os servidores estaduais e municipais. Para o economista e pesquisador André Calixtre, a mudança piora o perfil distributivo da reforma, tornando-a ainda “mais excludente”, uma vez que retira do projeto os integrantes do serviço público de estados e municípios, mas não ameniza as regras que penalizarão justamente grupos mais vulneráveis da sociedade.
Foi protocolado por senadores da oposição, nesta terça-feira (21), na Mesa Diretora do Senado, um requerimento do senador Paulo Paim (PT-RS) para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar desvios na Previdência Social.
Mais de 1 milhão de brasileiros saíram às ruas nesta semana demostrando a crescente insatisfação com o desmonte do Estado, promovido pelo governo golpista de Michel Temer. Professores, metroviários, condutores de ônibus, bancários, servidores públicos, metalúrgicos, estudantes e integrantes de movimentos sociais transformaram o 15 de março de 2017 em um dia histórico marcado pela retomada das grandes mobilizações no Brasil.
Um coro de 350 mil pessoas e o sonoro “Fora Temer” na Avenida Paulista. Vozes de professores e estudantes; bancários, metalúrgicos e metroviários; militantes de movimentos sociais e donas de casa; aposentados e profissionais de diversas categorias. Centrais sindicais, partidos políticos e entidades do movimento social construíram unitariamente o Dia nacional de Paralisação. Objetivos: unir muita força para barrar o retrocesso do golpista Michel Temer e defender as conquistas. Sinta o clima.
Mais de 50 mil pessoas participaram da marcha contra a reforma da previdência nesta quarta-feira (15), em Salvador. A caminhada começou no Campo Grande e seguiu pelas ruas do Centro até a praça Castro Alves, reunindo estudantes e trabalhadores de diversas categorias, em um protesto contra as propostas de reforma em tramitação no Congresso Nacional, que retiram direitos dos trabalhadores. Muitas pessoas vieram do interior do estado para participar das atividades.
O ex-presidente do Senado e atual líder do PMDB na Casa Renan Calheiros afirmou nesta quarta-feira(15) que o governo federal inviabilizou a reforma da Previdência por tentar impor a urgência na votação do projeto que regulamenta o direito de greve dos servidores. Depois que saiu da presidência, Renan tem feito críticas ao governo Temer e a reforma da previdência tem sido seu alvo mais frequente.
As pessoas começam a perceber que a previdência está equilibrada em termos financeiros. Caso insista na aprovação da maldade, o rei corre risco de ficar nu.
Por Paulo Kliass *
Em Rio Branco, no Acre, milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas na manhã desta quarta-feira (15) para gritar "Não a Reforma da Previdência" e "Fora Temer".