A agenda neoliberal de privatizações e ataque aos direitos trabalhistas é amplamente rejeitada pela população; é o que indica pesquisa do instituto Datafolha; segundo o levantamento, 60% são contra vender estatais, e 57%, contra a redução da CLT; nos últimos dias, evidenciou-se que as privatizações são alvo de controvérsia no seio do próprio governo Bolsonaro.
A venda de 80% da Embraer para a Boeing expõe de forma cristalina o grave prejuízo econômico e estratégico para o desenvolvimento do Brasil.
O acordo anunciado nesta segunda-feira (17) entre a Boeing e a Embraer prevê que a brasileira terá participação de 20% na nova empresa de aviação civil. Mas a Embraer pode, a qualquer momento, vender essa fatia para a norte-americana e sair totalmente do negócio.
Jornal dos Marinho, em editorial, faz defesa suspeita da empresa brasileira à Boeing.
"O primeiro escalão do time do capitão está permeado de quadros que exibem uma relação íntima com o financismo internacional e com os interesses do Departamento de Estado norte-americano".
Por Paulo Kliass *
Nem a preservação do “miolo” da Petrobras está garantida, a depender da “carta branca” que o presidente eleito deu ao superministro Paulo Guedes.
Com forte obstrução da Bancada Comunista, a leitura e análise da Medida Provisória 844/18 ficou para esta terça-feira (13). A proposta do Governo Temer facilita a privatização de empresas públicas de saneamento básico e obriga o pagamento de tarifas mesmo sem conexão ao serviço de água e esgoto.
Com o feriado da próxima quinta-feira (15), a semana deve ser curta no Parlamento. Senadores e deputados devem priorizar a análise dos vetos presidenciais à lei orçamentária para 2019 (LDO). Também estão na agenda legislativa, com expectativa de início para esta segunda-feira (13), a abertura de crédito para o Executivo, a privatização dos serviços de saneamento e as parcerias privadas para exploração de petróleo do pré-sal.
A cobrança de mensalidade nas universidades federais e a transferência de recursos do ensino superior para o ensino básico são algumas das propostas defendidas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe para a edução.
Um político autoritário e um economista neoliberal levam a prever anos muito difíceis para os brasileiros. A proposta de hoje é a capitalização da previdência básica. A ideia é permitir que gestores de fundos da iniciativa privada – bancos, seguradoras e até fundos de pensão de estatais – administrem a poupança individual de aposentadoria dos trabalhadores. Novos trabalhadores poderão optar por serem assim assegurados.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
A primeira semana de trabalho da equipe econômica de transição definiu as prioridades do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na lista estão a reforma da Previdência, as privatizações, medidas de ajuste fiscal, a autonomia do Banco Central (BC) e a confirmação do nome que irá comandar a instituição.