Levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que 86 registros provisórios foram entregues a médicos com diploma estrangeiro que vão atuar no Programa Mais Médicos. Segundo a entidade, 81% dos registros solicitados ainda estão dentro do prazo de entrega de 15 dias, estipulado pelo Ministério da Saúde.
Em parecer publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (16), a Advocacia-Geral da União (AGU) tenta contornar juridicamente as resistências dos conselhos de medicina em registrar profissionais estrangeiros participantes do Mais Médicos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira (16) que a chegada dos médicos estrangeiros nas comunidades pobres do país vai estimular a melhora da infraestrutura nas unidades de saúde.
O Programa Mais Médicos vem acompanhado com mais cursos de medicina, com investimentos da ordem de R$ 7,4 bilhões em mais hospitais, UPAs e Unidades Básicas de Saúde, que levarão, no médio prazo, a contratação de mais enfermeiros (as) e profissionais de saúde.
Por Ubiratan de Souza*, na Carta Capital
"Nós, médicos cubanos, somos formados pela revolução cubana. Nos compensa muito ajudar a muitos povos do mundo e ajudar a melhorar a sua qualidade de vida. O povo do Brasil merece uma melhora na qualidade da saúde. Merece muito mais atenção primária de saúde para a prevenção de muitas enfermidades", disse com alegria à imprensa a médica cubana Natasha Romero Sanches. Natasha vai trabalhar em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais.
O início do trabalho dos médicos estrangeiros e dos brasileiros formados no exterior foi adiado para o dia 23 de setembro. O começo das ações estava previsto para a próxima segunda-feira, mas, antes de começar a atender os pacientes, os profissionais terão uma semana de acollhimento nas capitais dos Estados onde vão atuar.
Pesquisa do Instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira mostra que 73,9% dos entrevistados apoiam a vinda de médicos estrangeiros para atuar no País. A medida faz parte do programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal em julho e que pretende atrair médicos para atuar nas periferias e no interior do Brasil.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira (3) que a falta ao primeiro dia de trabalho dos brasileiros selecionados para o Programa Mais Médicos reforça a necessidade de trazer profissionais de outros países. No Distrito Federal, por exemplo, dos 15 médicos brasileiros escolhidos, apenas nove se apresentaram na segunda-feira (2), para iniciar suas atividades. Em Porto Alegre, oito dos 13 profissionais brasileiros selecionados foram trabalhar.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, salientou nesta terça-feira (3) que o Ministério da Saúde tem um sistema avançado para fiscalizar as prefeituras e evitar que haja demissão de médicos brasileiros com a chegada dos estrangeiros inscritos no Programa Mais Médicos.
Nesta terça-feira (03/09), o prefeito de Juazeiro, no interior da Bahia, Isaac Carvalho, acompanhado do secretário da Saúde, Cássio Garcia, recebeu os médicos que vão atuar no Programa Mais Médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros de Quidé, Alto do Cruzeiro, Dom José Rodrigues, Alagadiço e Tabuleiro. Na ocasião, os profissionais foram informados sobre os treinamentos para qualificação dos serviços e sobre o Programa.
Os 1.096 médicos com diplomas do Brasil que confirmaram sua atuação em 454 municípios de todo o país iniciaram suas atividades pelo Programa Mais Médicos na última segunda-feira (02/09). No Ceará, 110 médicos começaram a trabalhar em 49 municípios.
Há urgência de garantir a saúde da população carente cujo número aumenta incessantemente no Brasil. Em oportunidades diferentes, escrevi sobre o dissídio entre os setores público e privado no setor sanitário. Contudo, esta oposição continua sendo um empecilho para a escolha de modelos tão contrastantes como o de Cuba (estatizante) e o dos Estados Unidos (privatizante).
Por Bruno Peron*, em seu blog