Os retrocessos impostos pelo golpe de 2016 se agravam a cada dia. Seus efeitos são tão grotescos que é impossível passarem despercebidos em qualquer esfera: reforma trabalhista, teto dos investimentos públicos, cortes na educação, na saúde e na tecnologia são apenas alguns exemplos.
Beneficiários de programas que sofreram cortes contam como políticas sociais foram determinantes em suas vidas. Só no programa Minha Casa Minha Vida, por exemplo, houve uma queda brusca no orçamento de R$ 23,55 bilhões em 2015 para R$ 8,40 bilhões em 2016.
Com a rejeição perene do governo, apontado nas pesquisas com 70% de reprovação, Michel Temer decidiu lançar o que chama de “supercampanha” para dizer que os dois anos de governo golpista “salvaram o Brasil”.
Depois de quase três anos de uma explosiva recessão no sistema produtivo brasileiro, as privatizações do governo Temer revelam-se mais do que a venda de bens e serviços públicos. O programa em curso, anunciado como suposto remédio para atrair investimento e crescimento, representa mesmo a desnacionalização profunda do patrimônio nacional, apontando claramente para um processo de conversão neocolonial.
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual
A receita para a redução da desigualdade no capitalismo industrial pode ser sintetizado por três componentes principais. Especialmente a partir do final da segunda grande Guerra Mundial (1939 – 1945), os países industrializados convergiram para a constituição (1) do fundo público ampliado assentado na tributação progressiva, (2) do Estado de bem estar social de cobertura universal e (3) da regulação da relação entre o capital e o trabalho concomitantemente com o estabelecimento do pleno emprego.
Um festival em defesa da continuidade do programa De Braços Abertos – que tem por base a inclusão social e familiar no atendimento a dependentes químicos da região do centro da capital conhecida como cracolândia – está sendo organizado por artistas, trabalhadores e beneficiários, para o próximo sábado (17), na Praça Julio Prestes, das 12h às 19h.
A faixa pendurada na entrada do Teatro da Universidade Católica (Tuca), na zona oeste da cidade, dava o tom do ato. Nela lia-se: "Doria não feche os braços". Promovido pela Frente Estadual de Luta Antimanicomial (Feasp) na última terça-feira (29), dezenas de pessoas, a maioria trabalhadores na área da saúde mental, se reuniram para chamar a atenção do futuro prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para não terminar com o programa De Braços Abertos (DBA).
Sob pressão de entidades do setor, Michel Temer começa a deixar clara a pouca disposição em manter e expandir um dos principais programas do governo federal na área da Saúde, o Mais Médicos. Em público, o governo tenta vender à sociedade a ideia de um suposto aumento dos investimentos na iniciativa, bem avaliada por usuários e prefeitos.
Audiência proposta pela deputada Angela Albino (PCdoB-SC) reuniu entidades de todo o Brasil para discutir o futuro do SUS, do SUAS e da Previdência Social.
Por: Nícolas David | Edição: Ana Luiza Bitencourt
Após mostrarem que a Saúde perderá cerca de R$ 743 bilhões, caso a PEC 241, que propõe limitar os gastos do governo federal por 20 anos, novo estudo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que as perdas das políticas sociais do governo federal seriam gigantescas, caso a proposta seja aprovada.
Entidades de defesa dos direitos humanos e movimentos sociais lançaram ontem (28), na sede do Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (SinPsi-SP), o manifesto intitulado “Defesa do Programa De Braços Abertos, do Cuidado em Liberdade e da Democracia”.
O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), apresentou emenda à PEC 241 , que congela os gastos públicos por 20 anos, para tentar evitar maiores danos aos programas sociais implementados nos últimos 13 anos – dos governos Lula e Dilma – ameaçados pela proposta do governo ilegítimo de Michel Temer. Ao final do prazo, a PEC recebeu 22 emendas. A votação da matéria está prevista para outubro, após as eleições municipais.