Está nas folhas: o Partido Socialista Brasileiro, que tanto lutou para fixar-se no campo da esquerda, vai fundir-se com o PPS, a excrescência reacionária da direita. Transformar-se-ão, os dois, no grande satélite do PSDB, e juntos navegarão na nau dos ressentidos.
Por Roberto Amaral*
O ex-presidente nacional e fundador do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, qualificou como "moralmente inaceitável" a fusão em curso entre seu partido e o PPS. Para ele, a junção entre os dois partidos é "um ponto final" para o PSB como força de esquerda.
O Brasil vive um parlamentarismo de fato, imposto como golpe de Estado branco, o que vai totalmente na contramão do pronunciamento eleitoral do ano passado, que reafirmou o presidencialismo.
Por Roberto Amaral*, publicado em seu blog
A executiva nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) aprovou nesta quarta-feira (29), o início das negociações de fusão com o Partido Popular Socialista (PPS) e o processo de junção das duas legendas foi iniciado.
A polarização tem provocado efeitos diversos na política brasileira. A direita tem buscado se reorganizar para manobrar de acordo com os seus interesses tentando atrair setores para o seu intento golpista. Nesta quarta-feira (29), a direção do PSB debate a possibilidade de uma fusão com o PPS, aliado histórico do PSDB, em reunião da executiva nacional convocada de forma extraordinária.
Na festa dos seus 70 anos de idade, na sexta-feira (20), a senadora Marta Suplicy aproveitou para se reunir com a “sua nova turma da política” – como estampou no título o jornal Estadão. De fato, a ex-petista mudou de lado e anunciou a sua filiação ao PSB, do vice-governador Marcio França – o mais tucano da pragmática sigla “socialista”.
Por Altamiro Borges*
Realizou-se no último dia 2 de março, no auditório do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro, mais um encontro da série ‘Reflexão’ que vem sendo coordenada pelo ex-ministro Roberto Amaral desde novembro de 2014, reunindo acadêmicos, cientistas, professores, empresários, sindicalistas, estudantes, parlamentares – vinculadas ou não a partidos de esquerda –, com a finalidade de analisar a conjuntura político-institucional, a crise dos partidos e as alternativas da esquerda brasileira, hoje.
Durante o lançamento do manifesto da Aliança pelo Brasil, no Clube de Engenharia (RJ), o ex-ministro da Ciência e Tecnologia e ex-presidente do PSB, Roberto Amaral, alertou para a tentativa de golpe das forças conservadores no país.
Dilma foi diplomada e dia 1º de janeiro inicia seu segundo mandato, mas a presidenta não conta com um 'céu de bigadeiro'.
Por Roberto Amaral*, publicado na CartaCapital
O cientista político, ex-ministro da Ciência e Tecnologia entre 2003 e 2004, Roberto Amaral, era vice-presidente do PSB antes da morte do presidente do partido, Eduardo Campos. Logo depois foi afastado da presidência da sigla. No domingo (14) concedeu entrevista ao Jornal do Comércio, de Pernambuco. O histórico socialista reafirmou suas críticas às posições do PSB, falou de traição e do abandono da legenda do campo da esquerda. Segue abaixo:
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina falou sobre as divergências sofridas pelo PSB e teceu críticas ao seu partido. Ela diz que não reconhece mais a legenda na qual se filiou em 1997, depois de deixar o PT. Segundo ela, o PSB está desfigurado e distante de seus compromissos originais. “O PSB faz um jogo que se confunde com a direita mais reacionária e ao mesmo tempo diz que vai apoiar o governo.”
O editor do Portal Vermelho, José Reinaldo, em sua coluna Ponto de Vista, fala do anuncio feito na quarta-feira (10) sobre a formação de um bloco parlamentar composto pelo PPS, PSDB, PSB, o Solidariedade (SD) e o PV. “A formação do bloco é parte da movimentação das forças da oposição neoliberal e conservadora, que tem por núcleo e vértice o PSDB de Aécio Neves, cujo comportamento no período imediatamente pós-eleitoral tem revelado um acentuado viés golpista”, falou o editor.