A direita mais reacionária da sociedade paulistana mostra a sua cara nestas eleições com atitudes que não aparecem nas campanhas dos seus respectivos candidatos. Celso Russomanno (PRB) tenta censurar os Jornalistas Livres e um ex-assessor de João Doria Junior (PSDB), Luiz Carlos Franco, o acusa de falsidade e perseguição.
Em entrevista ao jornalista Luis Nassif, publicada nesta quinta-feria (29) no Jornal GGN, a presidente eleita Dilma Roussef disse que o PSDB é uma ameaça ao estado democrático de direito e afirmou que o partido "assumiu uma atitude estruturalmente golpista e de defesa do Estado de Exceção". Segundo ela, diante da "volúpia de pressionar Temer a fazer o trabalho sujo", os tucanos se colocaram na contramão da história.
Apesar de sua força institucional e de seu apoio midiático e empresarial, o governo Temer é fortemente instável por sua ilegitimidade e impopularidade.
Por Juarez Guimarães*, na Carta Maior
O Ministério Público de São Paulo entrou com ação contra a chapa do candidato à prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB), e seu vice, Bruno Covas (PSDB). O promotor José Carlos Bonilha fez na noite desta segunda-feira (26) um pedido de cassação da coligação e de inelegibilidade do governador Geraldo Alckmin por abuso do poder político à Justiça Eleitoral.
O usurpador Michel Temer pensou que a sua estadia no Palácio do Planalto seria um passeio. Ele contava com o apoio das elites empresariais, que incentivaram e financiaram o “golpe dos corruptos”; com a cumplicidade da mídia privada, principal protagonista da conspiração; com ampla maioria nas “assembleias de bandidos” da Câmara dos Deputados e do Senado Federal; e com a excitação dos “midiotas”, que saíram às ruas para rosnar pelo “Fora Dilma”.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
O depoimento do presidente da Assembleia Legislativa paulista, deputado Fernando Capez (PSDB), nesta quarta-feira (14), na CPI da merenda escolar, frustrou quem esperava a apresentação de documentos e esclarecimentos sobre seu suposto envolvimento na máfia da merenda. Sem acesso aos documentos da Operação Alba Branca, que investigou o esquema de fraude, pagamento de propina e superfaturamento em contratos da merenda escolar paulista, os deputados quase não fizeram perguntas, apenas discursos.
A União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) irá promover um acampamento a partir desta terça-feira (13) à noite, em frente a Assembléia Legislativa de São Paulo (Alesp), para acompanhar o depoimento do presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB-SP), no processo da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que investiga a Máfia das Merendas em São Paulo. O tucano é um dos principais envolvidos no esquema fraudulento na compra de alimentos com a cooperativa familiar Coaf.
O Ministério Público Federal (MPF) aponta em denúncia na Operação Decantação, que o presidente do PSDB Goiás, Afrêni Gonçalves atuava junto ao diretor da empresa de saneamento do governo do estado (Saneago), José Taveira Rocha "para favorecer aliados políticos". Eles e mais 31 são acusados de participar do esquema que desviou recursos do PAC para campanhas tucanas. Na denúncia, a Procuradoria descreve Afrêni Gonçalves como "líder político da organização criminosa".
A primeira grande crise do governo Michel Temer, que envolveu o ex-ministro Romero Jucá ainda na interinidade, já havia deixado claro que o golpe parlamentar de 2016 tinha uma finalidade: conter o ímpeto da Operação Lava Jato para proteger a oligarquia política brasileira, de quem a operação perigosamente se aproximava. Gravado por Sergio Machado, Jucá defendia a derrubada de Dilma para "estancar essa sangra".
Em resposta à Polícia Federal (PF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que o ilegítimo Michel Temer responde solidariamente pela prestação das contas da campanha de 2010, junto a a presidenta Dilma Rousseff.
"Enquanto Temer se mantiver fiel a essa agenda que colocamos para o país, contará com o PSDB. Se percebermos que isto não está ocorrendo, o PSDB deixa de ter compromisso com este governo. Não é uma ameaça, apenas uma constatação natural", disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG), em entrevista à jornalista Júnia Gama.
Com um discurso teatral de quem não tem força, mas quer que todos acreditem que tem, Michel Temer (PMDB) deixou a imprensa acompanhar parte da sua primeira reunião ministerial, após o Senado aprovar o golpe contra o mandato de Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (31).
Por Dayane Santos