Sob comando do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a executiva nacional do PSDB decidiu nesta quarta-feira (13), em reunião em Brasília, fechar questão pela aprovação da reforma da Previdência. Apesar da decisão, o partido definiu que não haverá punição aos parlamentares que decidirem votar contra a proposta.
Autodenominado como "novo" e um gestor, e não um político, o prefeito de São Paulo, João Doria, também tem demonstrado a sua capacidade de afastar aliados, e pior, transformá-los em inimigos. "É um mentiroso", assim definiu o seu correligionário e ex-governador Alberto Goldman (PSDB-SP) sobre o prefeito.
“Casa onde falta o pão, todo mundo briga e ninguém tem razão” ensina o ditado popular que se aplica, sem tirar nem pôr, ao PSDB, cada vez mais esfarelado.
Por Fernando Brito*, no Tijolaço
O desgaste do senador Aécio Neves (MG) é tanto que ele foi hostilizado na convenção nacional do seu próprio partido, o PSDB, neste sábado (9), em Brasília. Licenciado da presidência da legenda, Aécio será sucedido por Geraldo Alckmin (SP), que deve assumir a presidência.
Na disputa pela presidência do PSDB, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, reafirma que não abrirá mão de participar das prévias com o governador de são Paulo Geraldo Alckmin. Em entrevista publicana na Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (1º/12), Virgílio disse que se sente "violentado por manobras"feitas pelos seus correligionários.
Para tentar conter o racha interno provocado pelo desgaste da aliança com o governo de Michel Temer, os tucanos ensaiam uma saída do governo para inglês ver. Nesta quarta-feira (29), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou em coletiva de imprensa que o PSDB estava fora da base aliada, pois a legenda rompeu com o governo.
“O PSDB tem no histórico a votação pela contenção dos gastos públicos, privatização, flexibilização trabalhista. O PSDB votou a favor da reforma trabalhista, que vai rebaixar a renda, terceirização, teto de gastos. Agora quer dobrar a renda?”, questionou Marcelino da Rocha, presidente da Federação de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), em entrevista ao Portal Vermelho nesta quarta-feira (29).
Por Railídia Carvalho
O PSDB apresentou nesta terça (28) as diretrizes do programa partidário, que deve pautar sua candidatura ao Planalto. O texto, além de exaltar os governos FHC, propõe um “choque de capitalismo” e ações como ampliar privatizações e rever o acesso dos mais ricos a serviços públicos gratuitos. Para o economista Guilherme Mello, após 15 anos, a sigla voltou a ter coragem de defender o impopular “legado” da década de 1990. Resta saber se também reconhecerá como seu o saldo negativo da gestão Temer.
Responsável pelo golpe contra a democracia e principal fiador do governo de Michel Temer, o PSDB está colhendo o que plantou. Com a legenda rachada, os tucanos dizem que vão se unir em torno da eleição. Há mais de uma década os tucanos tentam voltar a ocupar a Presidência da República, sem sucesso.
Em nota à imprensa, após reunião da comissão executiva da sigla, o PSDB informa que "recomenda" a aprovação da reforma da Previdência, sem fechar questão sobre o assunto.
Para reforçar a crise entre tucanos e peemedebistas,o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse acreditar que o PMDB deve se aliar a algum partido na eleição de 2018, pois a legenda não tem um nome forte como candidato ao Palácio do Planalto.
A crise tucana provocou a sua primeira baixa no governo de Michel Temer nesta segunda-feira (13). O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), encaminhou carta com seu pedido de demissão.